No final do ano de 2007, o ex-goleiro Sérgio Guedes fazia um bom trabalho nas categorias de base da Ponte Preta. Ganhou uma chance na equipe principal e levou a equipé ao vice-campeonato regional de 2008. Após atuar por vários anos com jovens e adolescentes, Leandro Zago ganhou credibilidade e fama nos torcedores. Tanto que quando há especulação sobre treinadores na Macaca, não são poucos os torcedores que pedem o seu nome na equipe profissional.
No final do século passado, Marco Aurélio Moreira recebeu uma oportunidade e teve bom aproveitamento entre os profissionais que fez carreira no futebol japonês e brasileiro.
Poderia citar outros exemplos. São suficientes para entender que tanto a diretoria anterior como a atual não foram explicitos em bancar uma política que faça o técnico do Sub-20 ou do Sub-17 acreditar de que pode chegar ao profissional.
As vantagens? Inúmeras. Para começar, o profissional conheceria em detalhes o ambiente, os desejos e as caracteristicas da Macaca. Poderia aos poucos construir uma relação profunda com as arquibancadas. Sem contar o pagamento de salário, que seria bem abaixo daquilo quie pede o mercado.
A ascensão de João Brigatti e os primeiros dias positivos deveriam servir de alerta e reflexão. Alerta de que buscar nomes sem conexão, com a Alvinegra, como foi feito nos últimos anos, é um tiro no pé. Reflexão sobre a necessidade de implantar imediatamente uma política de ascensão dentro do clube. Inclusive para buscar patrocinadores que banquem os famosos cursos da CBF que proporcionam o certificado de conclusão que habilita ao exercício da profissão no topo da cadeia.
João Brigatti pode se transformar em uma solução positiva, duradoura e com frutos. Mas ele não é eterno. Deve-se buscar para já a implantação de um programa para que a Ponte Preta volte a formar dentro de casa os seus técnicos para o time profissional. O barato não pode sair caro. Pelo menos no futebol.
(Elias Aredes Junior-com foto de Diego Almeida Pontepress)