Análise Guarani: Não é necessário um milagre e sim um trabalho com começo, meio e fim!

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Não podemos ser incoerentes. Incentivar o otimismo ou a fé do torcedor bugrino em escapar da queda à Série C do Campeonato Brasileiro não quer dizer em hipótese nenhuma ignorar os obstáculos que estão postos pela frente.

Toninho Cecílio foi demitido sem ter a oportunidade de reformar totalmente o elenco para buscar o milagre. Rodrigo Pastana, exitoso nas duas passagens anteriores pelo clube e com acessos com Criciúma, Coritiba e Paraná, é o novo chefe do futebol. Alguém que conduziu o time ao acesso na Série C em 2016 e bom rendimento na Série B de 2022. A galera não fala que futebol é resultado? Ele tem.

A competência de Pastana não pode produzir ignorância sobre o estado deplorável que está sendo entregue o Departamento de Futebol Profissional. Não há como aceitar os erros seguidos na formulação de elenco e de concepção de futebol e estão presentes desde o final da temporada passada.

A impressão transmitida é de colocar sob os ombros de Pastana uma missão como o quadro “Lar Doce Lar” , do antigo Caldeirão do Huck ou “Sonhar mais um sonho”, do extinto Programa do Gugu. Ou seja, pega-se uma casa, coloca-se abaixo em poucas horas e depois ergue-se uma nova residência em, no máximo, 15 dias. Futebol não é reality.

Bons trabalhos demoram meses ou anos para serem formatados. Pedir que Rodrigo Pastana opere uma transformação total em um elenco que já nasceu torto é pedir algo inalcançável para qualquer ser mortal.

O Guarani deve lutar com todas as forças para permanecer na Série B. Se acredita no trabalho de Rodrigo Pastana, deve incentivar e apoiar na busca do milagre.

Só que é preciso acabar com o puxadinho, com o improviso, com o churrasco na laje que não faz qualquer sentido.

Deve pensar que Pastana precisa pensar na Série B e  na sobrevivência no Campeonato Paulista de 2025. Na atualidade, perder uma cota de televisão de R$ 9 milhões a R$ 10 milhões beira a tragédia.

Que o próximo dirigente remunerado nunca receba a missão de operar um novo milagre em condições inóspitas e sim produzir um trabalho consistente com começo, meio e fim e exiba evolução nos próximos anos.

(Elias Aredes Junior-com foto de Raphael Silvestre-Guarani F.C)