O Guarani cumpre nesta terça(23) o segundo jogo com portões fechados diante do Figueirense. Não terá sua torcida na busca da segunda vitória na Série B. Na prática, termina uma punição com claros contornos de injustiça.
Na final contra o Boa Esporte (MG), em Varginha, uma Polícia Militar despreparada e com atitudes equivocadas instaurou um clima de pânico e terror na torcida bugrina. Isso desde o momento que os ônibus oriundos de Campinas desembarcavam nas proximidades do estádio Dilzon Mello.
O bom senso não imperou, que deveria levar em conta tais circunstâncias. Prevaleceu a descrição para o julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva a descrição fria e sem informações precisas do juiz Marcos Mateus Pereira. “Aos 40 minutos do segundo tempo paralisei a partida por 2 minutos devido a ocorrência de fogos sinalizadores no setor do estádio onde se
encontrava a torcida do Guarani F. C. Após o término da partida iniciou-se um tumulto generalizado no setor do estádio onde se encontrava a torcida do Guarani F. C. Corrimões metálicos foram arrancados pelos torcedores e jogados arquibancada abaixo. Foi necessário a intervenção da polícia militar. Até o final da
confecção desta súmula a polícia militar ainda não havia finalizado o boletim de ocorrência dos fatos ocorridos no estádio”, descreve o árbitro na súmula do jogo publicado no site oficial da CBF.
A punição de dois jogos sem torcida foi festejada porque poderia acontecer com o Guarani aquilo que ocorreu com o Coritiba na Série B de 2010, quando não utilizou o estádio Couto Pereira em todo o primeiro turno devido as confusões da última rodada do Brasileirão de 2009. Se analisarmos por esse ângulo, a punição ficou barata.
Mas para quem viu in loco os critérios e ação da Polícia Militar ficou evidenciado que a distorção de critérios ficou evidenciada. Confesso que construí tal pensamento com o passar dos meses após o episódio.
Independente do quadro, de avaliações distintas de bugrinos, torcedores do Boa Esporte ou da Polícia Militar, o torcedor bugrino tem um compromisso: evitar que novas confusões aconteçam e sanções apareçam no horizonte.
O Guarani tem a meta de assegurar a permanência com uma pontuação de 45 a 48 pontos. Para que tal planilha seja cumprida não há saída: os 17 jogos no Brinco de Ouro, com presença de torcida, serão fundamentais.
Um péssimo aproveitamento em Campinas abrirá espaço para o retorno do pesadelo da terceirona. Arquibancadas lotadas, incentivo incessante e aproveitamento relavante serão requisitos para sonhar com a luta pelo acesso. Então, a partir de agora, fiquem espertos torcedores bugrinos! E que a Polícia Militar trate os torcedores como cidadãos e não como bandidos.
(análise feita por Elias Aredes Junior)