Bezerra, roupeiro da Macaca por 22 anos, entra na Justiça contra clube, pede indenização e descreve carga excessiva de trabalho

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Desde que Sérgio Carnielli e seus aliados políticos assumiram a Ponte Preta em setembro de 1996, um personagem entrou para antologia das equipes que atuaram no Majestoso, o roupeiro Bezerra, dispensado em fevereiro deste ano e que desde setembro tem uma ação trabalhista contra a Macaca sob a responsabilidade do advogado Bento Lupercio Pereira Neto e que requisita uma indenização acima de R$ 670 mil.

O texto relata que, segundo Bezerra, o clube quase não respeitava o seu direito ao descanso semanal e praticamente trabalhava de segunda-feira a segunda-feira e que gozava de uma folga mensal. “(…)Destaca-se ainda que, por tratar-se de um time de futebol profissional, as principais partidas ocorrem aos sábados e aos domingos, sendo que nos dias subsequentes ou anteriores, havia a necessidade de treinos de recuperação (regenerativo), treinos para os atletas que não participaram das partidas, ou mesmo de preparação para as partidas, de modo que, fazia- se necessária a presença do Reclamante junto ao time (…)”, descreve a ação assinada pelo advogado.

O texto relata ainda sobre a jornada de trabalho de Bezerra junto ao time profissional. “(…) Portanto, considerando que o Reclamante labora de segunda a segunda por doze horas diárias, gozando apenas de uma folga mensal, realizava, assim, em média setenta e duas horas de labor, exercendo, dessa forma, 28 (vinte e oito) horas extras semanais (…)”, afirma o texto.

O advogado relata ainda que Bezerra teria sido submetido a jornadas extenuantes por muitos anos, o que gerou um passivo trabalhista considerável. “Portanto, faz jus o Reclamante o pagamento de em média 1.708 horas extras anuais. Isto posto, o Reclamante faz jus às horas extras trabalhadas, com adicional convencional de 60% (sessenta por cento)”. O valor total das horas extras seria  de R$ 281.246,73 e juntamente com as verbas rescisórias atrasadas totalizaria R$ 677.228,60.

O advogado da Ponte Preta, Felipe Artioli e o diretor jurídico, Giuliano Guerreiro, não foram encontrados até a publicação desta reportagem. Assim que a resposta for encaminhada, o texto será atualizado.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)