Bola parada: um trunfo que pode ajudar (e muito!) Gilson Kleina e a Ponte Preta no classico diante do Guarani

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Em análise primária e superficial podemos imaginar que a Ponte Preta está dependente de Moisés. Sem a sua velocidade, tudo ficará mais dificil.

Nem tanto. O tribunal de exceção das redes sociais esquecem de pontos fundamentais e talvez o principal seja a de que o trabalho de Gilson Kleina, queiramos ou não, mostra evolução em alguns pontos.

Chamo atenção para a bola parada. Percebe-se que existe uma insistencia tanto no cruzamento em diagonal como na busca dos chutes de média e longa distância. Os gols de Rafael Santos e Felipe Albququerque contra o Sampaio Correa não foram fruto do acaso.

Quem executa bem uma bola parada é porque treinou. Muito. Ninguém bate na bola por acaso.

E talvez seja esse fator que fez a comissão técnica pontepretana insistir com Marcelo Hermes, apesar de sua nitida falta de ritmo. Nos minutos finais, ele batia na bola com veneno e produzia perigos ao gol de Fábio.

No dérbi, com ou sem Moisés, certamente Kleina vai insistir no expediente. Por dois motivos. O primeiro é que se constitui em um trabalho em desenvolvimento.

Posteriormente, ele sabe que existe uma conjuntura que lhe é favoravel: apesar das tentativas de conserto, ele sabe que a recomposição bugrina mostra debilidades e muitas vezes só é parado na falta. E que pode criar um instante de perigo.

A bola parada sempre decide jogos gigantes. Certamente Gilson Kleina aposta neste conceito.
(Elias Aredes Junior- foto de Diego Almeida-Pontepress)