O desempenho abaixo da crítica da Ponte Preta no primeiro tempo diante do Boa Esporte foi suficiente para convencer João Brigatti de que a estratégia idealizada antes do confronto estava equivocada. Com os desfalques de Tiago Real e André Luís, o técnico interino foi obrigado a escalar Júnior Santos na ponta direita e colocar Neto Costa centralizado.
Sem inspiração no setor ofensivo, a Macaca não conseguiu chegar ao gol adversário antes das substituições no intervalo. Na visão do comandante, a atuação foi aliada aos erros individuais.
“Essa alternativa não deu certo. Saímos perdendo por 2 a 0 e sempre dificulta qualquer reação. Quando a equipe está em ascensão, toda derrota gera frustração. Tentamos armar o time para mexer o menos possível, mas infelizmente não deu certo. A marcação não encaixou, demos o primeiro gol por falha nossa e a desvantagem no placar cria dificuldade ainda maior. Sabíamos das dificuldades e os vacilos desestabilizaram o time. Eu assumo toda a responsabilidade da derrota, muito ruim para as nossas pretensões. Agora, é preciso tirar lições para poder vencer o Juventude na terça-feira”, explicou.
A falta de concentração, tecla batida pela comissão técnica durante toda a semana, não foi fator preponderante para determinar o tropeço da Macaca em Varginha. “Não acredito que isso tenha faltado. A verdade é que o time não encaixou com as mudanças. Não tomamos sufoco do Boa Esporte. Nós cedemos os gols por falhas individuais e isso prejudica o lado psicológico, pois desestabiliza. É difícil buscar o resultado na situação em que estávamos” frisou o ex-goleiro.
“Todos os detalhes do adversário foram passados aos jogadores com auxílio dos analistas de desempenho. O Boa é forte fisicamente e, quando perdiam a bola, recompunham com rapidez. Isso criou dificuldade para nós, não conseguimos trocas passes e ficamos a mercê do adversário, marcando atrás da linha da bola”, emendou.
“As dobras de Igor Vinícius e Ruan pela direita não formas de criar opções. São situações que a gente faz para buscar conhecer o elenco. O nosso plantel é reduzido e temos que qualificar o elenco, mas não podemos jogar tudo por fora pois estávamos em ascensão. Agora, é necessário refletir e tirar lições para as próximas partidas. O campeonato é muito duro”, finalizou.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa)