Clássico é decidido nos detalhes. É a conversa de pé de ouvido, o afago necessário, a bronca capaz de mudar o rumo da prosa ou a preleção pronta para incendiar a tudo e a todos. A vitória da Ponte Preta sobre o Guarani por 3 a 0 demonstrou que a atual técnica montada pela Macaca certamente saberia conduzir o roteiro do dérbi.
Para o campineiro não é um jogo qualquer. É o jogo. Só que para o torcedor de outras localidades é, apenas uma partida de grande relevância. Só.
Jorginho e o gerente de futebol Felipe não caíram na armadilha. O primeiro porque atuou 188 vezes com a camisa do Flamengo, número suficiente para viver inúmeras vezes embates com Fluminense, Botafogo e Vasco, sempre com estádio lotado. Identica situação vivida por Felipe.
Nunca viveram o dérbi, mas sabe o caminho das pedras para triunfarem em uma partida dotada de elementos especiais. Ou seja, sabem a hora de exagerar em determinado tema ou segurar a barra em outros requisitos.
Acoplado a isso, Jorginho foi a fundo. Estudou o Guarani. Determinou uma estratégia para arrebentar com o meio-campo bugrino e viabilizar a criação necessária. E não esqueça: o treinador pontepretano e o gerente encaram o instante de suas carreiras como decisivos. Querem fazer história na Macaca. Vencer o derbi seria um belo cartão de visitas. Conseguiram. Graças a tarimba adquirida no mundo da bola. Sorte da Macaca.
(Elias Aredes Junior)