Como o poder esvaziado do Conselho de Administração prejudica o andamento do Guarani

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Governantes têm sua credibilidade medida por aquilo que geram em termos de fatos e dividendos. Quem é forte e influente nunca deixa o órgão sob seu comando perder suas características.Um dos motivos de instabilidade no Guarani encontra-se no Conselho de Administração. As decisões estão longe de serem claras, transparentes. Qualquer crise tem potencial para virar um furacão. Abre espaço para diversas especulações e conjecturas.

Relato dois fatos para exemplificar a falta de comando. O primeiro diz respeito ao novo treinador. O delírio chegou ao ponto de twitter´s oriundos da região norte do Brasil  especularem que João Brigatti, recém saído do Paysandu encontrar-se na mira do Guarani. Falamos de um ex-atleta e atual treinador que nunca escondeu sua resistência e rivalidade aberta com o rival por ter sido formado na Ponte Preta. Tanto que sua resposta a este jornalista  foi curta e direta: “Não procede esta informação”. Um Conselho de Administração e com diretrizes claras não abriria espaço para tal conjectura.

Outra fonte de instabilidade é a questão da terceirização. Palmeron na sua ânsia de defender nos bastidores a Magnum e o empresário Roberto Graziano indiretamente queima ativos de Recursos Humanos e que mostram dedicação total ao clube..

Para a imprensa e o torcedor, Fumagalli e Marcus Vincius Beck são os responsáveis pela montagem do elenco. E é por isso que sempre consulto os dois profissionais. São eles que prestam esclarecimentos e vão para a coletiva em instantes de crise.

O que recebemos, no entanto, de grupos políticos oposicionistas e até de gente próxima aos integrantes do Conselho de Administração é que as cobranças não devem ser dirigidas a eles e sim para Lucas Andrino e Anailson Neves, ligados a Magnum e que estariam na estrutura do Guarani, mas sem aparecer. Anailson, em declarações anteriores, já disse repetidas vezes que a informação não procede.

Os boatos permanecem. Sobre tal tema consultei Marcus Vinicius Beck Lima e ele deu a seguinte resposta: “Isso não passa de uma grande mentira e de uma grande maldade. Eu tenho as conversas com todos os jogadores que eu acertei pelo Whatsapp. O Fumagalli é a mesma coisa. Mas sinceramente eu não dou bola para isso porque quem é do mercado e do futebol sabem quem montou o time do Guarani. Espalhar esse tipo de noticia é apenas para tumultuar o ambiente”, arrematou o dirigente bugrino.

O que de certa forma mina a credibilidade da dupla oficial do futebol bugrino.E vou além: por dar um voto de confiança a Beck Lima e Fumagalli certamente sei que serei bombardeado por mensagens de Whatsapp que vão reafirmar que Andrino e Anailson dão as cartas. Consequências de um exercício débil de poder.

Pergunto: um Conselho de Administração forte e atuante daria espaço para tal boataria? Não é a resposta.

Como poder está esvaziado no C.A assistimos a tudo. Sem hora para acabar. Pena.

(Elias Aredes Junior)