Copa do Brasil ou Sul-Americana: que tal a Ponte Preta praticar democracia?

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O Figueirense é o adversário da Ponte Preta na próxima fase da Copa do Brasil. Imediatamente, um tedioso dilema fica estabelecido: continuar na competição nacional ou perder e reavivar o sonho da Sul-Americana? Por culpa da Confederação Brasileira de Futebol, os clubes nacionais ficam submetidos a um dilema ético. Ninguém entra em campo para perder. A Macaca não é diferente. Um ingrediente deveria ser incluído para que a escolha tivesse mais respaldo: democracia.

De modo empírico, pode-se dizer que a maioria esmagadora da torcida pontepretana quer e prefere o evento da Conmebol. Quer buscar novamente os momentos vividos em 2013, quando decidiu a competição com o Lanús e ficou a um passo do título.

Por outro lado, é sabido de todos a predileção do presidente de honra, Sérgio Carnielli em focar na manutenção na divisão de elite. Se isto não fosse verdade, uma equipe mista não teria sido escalada no ano passado nos dois jogos com a Chapecoense.

Os dois cenários produzem um impasse infrutífero porque os dois lados contam com argumentos poderosos. Quem defende o foco na Série A pode relembrar a própria campanha de 2013, quando após o triunfo sobre o Veléz Sarfield, o time de Campinas jogou três dias contra o Vitória (BA) e virou presa fácil. Perdeu por 3 a 0 e jogou fora uma chance de fugir do Z4. Ou seja, não teve elenco para administrar as duas competições. Como não tem na atualidade.

Viver é antes de tudo escolher. Assumir benefícios e prejuízos. Qual o caminho? Um plebiscito virtual, com a participação dos torcedores da Ponte Preta ou se for para ser mais específico e restritivo, a criação de um sistema de votação em que apenas o sócio torcedor poderia participar desde que devidamente cadastrado.

Perguntas? Simples: a primeira é se o torcedor prefere a Sul-Americana e a Copa do Brasil. Simples. Seco e Direto. A outra questão que deveria ser colocada é se a Macaca deve priorizar uma das competições escolhidas, mesmo sob o risco de cair de produção no Brasileirão e correr risco de rebaixamento.

Vai mudar o preço do dólar? Será uma revolução no futebol brasileiro? Nada disso. Uma simples consulta, ainda que por intermédio do site oficial do clube serviria pelo menos para resgatar um conceito intrínseco da história da Ponte Preta: um clube aberto, democrático e aberto para todos. Não custa tentar e fazer.

(análise feita por Elias Aredes Junior)