Sempre exigimos dos treinadores que eles mostrem capacidade de superar os obstáculos do cotidiano do futebol.
Desfalques gerados por lesões e suspensões, problemas políticos gerados nos gabinetes, questões administrativas e outros imprevistos que separam o fracasso da consagração.
Veja que o técnico Daniel Paulista tem uma missão diferente: transformar a bonança em atributo para a vitória no derbi 201.
Ninguém aqui é louco de cravar que time A ou B é favorito para o clássico. No entanto, incoerente seria qualquer analista ignorar os atributos positivos fornecidos ao Guarani.
O elenco está praticamente à disposição, excetuando-se o centroavante Rafael Costa, em recuperação de cirurgia no joelho. Ao contrário de anos anteriores, o Alviverde não pensa em permanência e sim em acesso. Ou seja, o fantasma da terceirona está afastado.
No gramado, Régis, o melhor jogador, está a disposição. E definiu o jogo contra o CSA. Andrigo, por sua vez, apesar da má fase, pode voltar a exibir bom futebol a qualquer momento.
Não há pressão exacerbada de buscar a vitória na partida, pois ganhou o jogo do turno inicial por 1 a 0.
Ouso dizer: desde 2012, sob o comando de Vadão, ou em 2018, com Umberto Louzer, nunca um treinador do Guarani teve uma conjuntura tão favorável antes de um dérbi. Sem contar que após a vitória contra o CSA, o time terá 10 dias de treinamento antes da partida.
A missão de Daniel Paulista é canalizar esse ambiente positivo para o gramado. Fazer com que os jogadores sintam o clima do clássico e canalizem energia para a busca da vitória.
Que ele entenda e compreenda a dimensão história que está diante de seus olhos.
(Elias Aredes Junior-com foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)