Dérbi 191: atirador se apresenta, alega legítima defesa e é indiciado por homicídio

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O suspeito de atirar e matar o torcedor da Ponte Preta no dérbi campineiro se apresentou à Polícia Civil de Campinas. Ele confessou crime alegando legítima defesa, foi indiciado por homicídio doloso, mas não ficou preso – a identidade do responsável é mantido em sigilo por questões de segurança.

O tumulto teria começado por volta do meio-dia, no último sábado, 05 de maio, data do clássico no Brinco de Ouro da Princesa. O bugrino afirmou que estava em sua casa, reunido com alguns amigos, quando foi pego de surpresa por membros da Torcida Jovem, organizada da Macaca. Depois de ter sido cercado, sem outra alternativa, para preservar sua vida, se apoderou da arma de fogo e efetuou disparos, sem fazer mira a algum deles.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) concluiu que somente um tiro acertou Leonardo Daniel Bernardes da Silva, de 18 anos, pelas costas. A ação aconteceu de dentro do imóvel, na área do jardim, quando um grupo de alvinegros saia correndo do local, depois de tentar invadir a casa do torcedor alviverde.

O autor do disparo ainda não apresentou a arma e pediu tempo para entregar o revólver, calibre 38, usado no dia. A Polícia fez indiciamento por homicídio doloso, quando há intenção de matar. O pedido de prisão só não foi feito pois ele tem ajudado na investigação.

O delegado titular do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), Rui Pegolo, disse que o homem, de 31 anos, já havia sido identificado por imagens de câmeras de segurança. “Ao final da investigação e de toda a coleta de provas, será decidido se o suspeito ficará preso ou solto”, explicou.

O processo continua para comprovar legítima defesa. Até agora, oito testemunhas foram ouvidas e outros bugrinos e pontepretanos devem prestar depoimentos na Delegacia para fechar o caso.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa)