Concordo com os gestos de solidariedade direcionados aos jogadores do Guarani após a derrota para o Cuiabá. Jogar com apenas 13 jogadores disponíveis beira a desumanidade. Prova de que mudanças no protocolo devem acontecer. Agora, isso impede de que possamos tocar em algumas feridas. Fato: o Guarani perdeu a chance de acesso para ele mesmo. Ou para ser mais exato, os atletas nos levam a tal conclusão.
Vamos aos fatos, de acordo com dados fornecidos pelo próprio presidente do clube, Ricardo Moisés na entrevista coletiva. Após a vitória por 1 a 0 sobre o Sampaio Correa, todos os jogadores foram dispensados para as festas de natal.
Só que não dava para cometer qualquer descuido pois existia um jogo decisivo contra o América Mineiro. Foi a partir daí que os casos começaram a ser registrado e chegou ao pico de 17 desfalques.
Vamos raciocinar. Internamente, o Guarani tomava todos os cuidados possíveis e imagináveis. Apesar da convivência no ambiente fechado no vestiários, as informações dão conta de que todos os cuidados eram tomados. Ou seja, dificilmente o vírus se alastrou a partir do clube. Diria quase impossivel.
Eis que os jogadores ficam de folga. E depois surgem os casos. E os registros dos “pecados”. Alguns em bares, outros em cultos com aglomerações e por aí vai.
Agora pergunto: seria o último natal do planeta terra? A passagem de ano novo seria derradeira? O que custava ficar em casa? Não preservaria apenas a sua saúde. Ajudaria a equipe a sustentar o foco.
Quem transmitiu o vírus? Não dá para saber. Impossível. Mesmo com fotos e vídeos daqueles que burlaram o isolamento. Mas algo dá para concluir: se a manutenção na Série B foi obra dos jogadores e da comissão técnica, também para concluir que alguns boleiros bugrinos, com uma atitude inconsequente fora das quatros linhas, abriu espaço para um quadro dramático. E jogou a chance de acesso na lata do lixo. Uma pena.
(Elias Aredes Junior- com foto de Asscomdourado)