Desde quinta-feira a noite, dia 06 de abril, não se fala em outro assunto na comunidade bugrina. Um post do Versão bugrina no Instagram provocou uma manifestação contundente do armador Giovanni Augusto, agora no Vitória. Palavras fortes. Descreveu uma história com começo, meio e fim. Um relato que, alias, não é nada bom para o Guarani e para o seu Conselho de Administração. Do passado recente e que foi eleito no mês passado.
A história contada por Giovanni Augusto derruba um castelo de cartas.
Pela versão propagada por anos e anos pelos dirigentes bugrinos, os salários estavam em dia ou se existia atraso, o entrave era pequeno. O modelo de gestão era exemplar e na versão dos dirigentes, os jogadores pediam para ir para jogar no Guarani. Ou a procura era muito mais facilitada por causa da excelência administrativa.
Não falo de orelhada.
Os representantes do Conselho de Administração apareciam diante dos microfones e diziam isso. Giovanni Augusto aparece e diz que tais fatos não correspondem a verdade.
Pior: diz que jogadores precisaram fazer vaquinha para pagar os funcionários. Quem fala a verdade? O que aconteceu na realidade? Pouca gente sabe. O fato é que a imagem desmoronou. Foi destruída. Repito: desmoronou o Castelo de cartas.
Moral da história: os antigos e atuais dirigentes do Guarani não são diferentes dos dirigentes dos outros clubes. Exibem falhas administração e de gestão como qualquer outro.
Com os fatos colocados algumas providências deveriam ser tomadas.
Em primeiro lugar, uma entrevista coletiva ou pronunciamento nas redes da antiga e da nova formação do Conselho de Administração. Se é verdade tudo relatado por Giovanni Augusto, porque o torcedor não ficou sabendo? Mais: essas informações de atraso de salários foram encaminhadas a Justiça Trabalhista?
E talvez o questionamento mais pertinente: a mesa e o Conselho Deliberativo sabiam de todos esses problemas? Buscaram alternativas para a ausência de recursos?
Além disso, a revelação destas informações demonstram por A mais B que o afastamento dos meios de comunicação do dia a dia do clube não trouxe qualquer benefício.
Pelo contrário.
Com a presença ostensiva de setoristas, asseguro que uma hora ou outra algo iria acontecer. Torcedor tem reclamações contra a imprensa? Acha que todos deveriam sumir e só sobrarem os influencer´s? Pois é. De um jeito ou de outro, essa história demonstra que esse desejo só pioraria a situação.
O fato é que, apesar do rendimento mediano com a camisa bugrina, Giovanni Augusto tirou uma parte da torcida bugrina do transe. Prestou um serviço. Expós o seu lado e encaminhou uma dura realidade: se o Guarani conseguir a manutenção na Série B já sairá no lucro.
(Elias Aredes Junior com foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)
O comentário de Giovanni Augusto está neste post:
https://www.instagram.com/p/CqrZSk5AXOF/c/18020587030479367/?__coig_login=1