Depois de perder por 3 x 0 para o Bahia, o técnico Gilson Kleina admitiu viver seu pior momento como técnico da Ponte Preta.
A derrota para o Grêmio e o 5º jogo sem vitória comprovam o que disse o treinador.
A situação de Kleina só não ficou insustentável porque o grupo de jogadores carrega o técnico nessa fase nebulosa. Mas até quando?
Enquanto isso o torcedor pontepretano enxerga no momento a chance de execrar Gilson.
Visto como traidor após ter deixado a Ponte para treinar o Palmeiras em 2012, Kleina nunca foi inteiramente perdoado pela torcida. Passou perto de ser canonizado, caso levasse o time a glória no Paulista, mas depois disso começou a cair em desgraça e sangra sob olhares cruéis da plateia, que sente um certo prazer ao ver o técnico agonizar em praça pública.
Sem o tão sonhado título e com uma campanha ruim no Brasileiro, Kleina é o primeiro na linha de tiro, mesmo com um elenco limitado e uma diretoria que pouco entende de futebol.
Para os dirigentes ter Gilson Kleina no comando parece confortável ainda. As críticas recaem sobre o treinador que não consegue bons resultados fora e em casa vem demonstrando fraqueza com duas derrotas na sequência para Palmeiras e Bahia.
Nas redes sociais é quase unânime o grito de #ForaKleina. Um misto de insatisfação com vingança de ver aquele que um dia largou uma nação na mão, sendo agora chutado do Majestoso.
Para Gilson Kleina que chegou cantando Lulu Santos: “eu tô voltando pra casa”, resta agora se apegar na confiança dos atletas e trocar o disco. Se antes, empolgado, Kleina cantava Lulu. Agora, assustado, resta cantar um clássico dos Titãs: “Pois se eles querem meu sangue, verão o meu sangue só no fim.”
(crônica de Paulo do Valle)