No planejamento da temporada de 2017, a diretoria da Ponte Preta nunca escondeu a intenção de valorizar o Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana para sonhar com a conquista do titulo enquanto que o planejamento do Brasileirão é posicionar-se de modo tranquilo quanto ao rebaixamento. Ao fazer um levantamento das equipes de médio porte inseridas na divisão de elite, a Macaca é única que abraçou a tese de um laboratório com Felipe Moreira na linha de frente.
Os outros concorrentes apostaram em técnicos tarimbados ou na continuidade do trabalho do ano passado. Tudo para amenizar a diferença econômica em relação aos 11 gigantes inseridos na divisão de elite.
Em Salvador, ninguém ousou mudar. Guto Ferreira dá as cartas no tricolor baiano enquanto que Argel Fucks iniciou a temporada como o comandante do Vitória. Na capital paranaense, a continuidade prevalece com Paulo Autuori no Furacão e Paulo César Carpegiani no time coxa-branca.
Recém-promovido a primeira divisão, o Atlético-GO decidiu passar por cima do escândalo com o técnico Marcelo Cabo e lhe deu nova oportunidade. No Avaí, Claudinei Oliveira continua o seu planejamento iniciado na Série B.
Vitimado por um acidente áereo, a Chapecoense depositou em Vagner Mancini, com passagens por Atlético-PR, Guarani e Ceará na primeirona para viabilizar o reerguimento da equipe e substituir o falecido técnico Caio Júnior.
O caso que mais se aproxima de Felipe Moreira é o de Daniel Paulista, técnico do Sport.Mesmo assim, ele está a frente do colega pontepretano pois foi efetivado no ano passado após a saída de Oswaldo Oliveira e já trabalhou como técnico efetivo em oito partidas. Pelo visto, equipes com orçamentos próximos aos da Macaca entenderam que experiência e continuidade fazem diferença.
(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)