Especial: Fatos e dados mostram que o dérbi 206 não tem favoritos. Leia e entenda!

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Não tem para onde correr. No sábado, dia 02 de setembro, Guarani e Ponte Preta encontram-se no jogo de número 206. Nesta temporada, um empate por 1 a 1 no Majestoso. No ano passado, equilibrio total: vitória do Guarani por 3 a 0 no Campeonato Paulista, empate sem gols no Brinco de Ouro no turno inicial e uma vitória pelo placar mínimo da Macaca no confronto do Majestoso durante a Série B.

Sempre que existe proximidade de um jogo de tal porte milhões de palpites são jogados ao vento. Geralmente considero que existe um favorito não somente pela qualidade como também conjuntura envolvida.

Desta vez é diferente.

Pode ocorrer uma surpresa?

Pode.

Mas dessa vez não dá para cravar nenhum prognóstico, muito mais pelos defeitos do que pelas qualidades das duas equipes.

Vamos começar pelo básico: as duas equipes estão empatadas no returno com nove pontos ganhos e encontram-se na zona intermediária da classificação. O Guarani marcou sete gols. A Ponte Preta anotou seis. As duas equipes tomaram cinco gols cada. Talvez o otimisto bugrino seja respaldado pelo balanço das últimas 10 rodadas, em que o Guarani soma 19 pontos e a Macaca está com 13.

Só que pegue o retrospecto recente. Nas últimas três rodadas, o Guarani perdeu em casa para o Juventude por 1 a 0, venceu o Sport por 3 a 1 e empatou por 1 a 1 com o Sampaio Correa. Todas as partidas com algo em comum: um primeiro tempo com produção, no minimo, aceitável e um segundo tempo de pavor.

Já a Macaca , nos últimos 270 minutos, tem dois empates fora de casa diante de Botafogo e Ceará e o triunfo contra o Londrina. O que preocupa: a Macaca somente teve espasmos, lampejos e nunca convenceu sob o ponto de vista ofensivo. Ou seja, com esses dados objetivos, como traçar um favoritismo objetivo para um dos lados? Não dá.

Nem suas principais esperanças fornecem subsídios. Élvis vive as turras com o seu posicionamento no gramado e há muito tempo não faz uma partida de excelência, assim como nos tempos de Hélio dos Anjos. Régis, arregimentado como esperança junto ao Coritiba, encontra-se como opção e não faz falta nenhuma diante da intensidade empreendida por Bruninho no meio-campo. Uma tarefa, aliás, que, Isaque fracassou.

Até nas qualidades os dois times se nivelam. O Guarani sob o comando de Umberto Louzer tem uma intensidade alucinante nos minutos iniciais e provocam situações de gols que geralmente são bem sucedidos. A Macaca conta com uma defesa de boa estatura, que toma poucos gols e proporciona poucos espaços.

Defeito do Guarani? Após os 15 minutos, o time vive uma montanha russa, em determinados aparecendo no ataque e em outros sumindo da área adversária. Problema da Ponte Preta? Os entraves para puxar o contra-ataque, especialmente pela falta de qualidade criativa no meio-campo.

São informações e dados que mostram o óbvio: teremos que esperar a bola rolar.  

(Elias Aredes Junior-com foto de Marcos Ribolli-Pontepress)