Anteriormente considerado ídolo e líder técnico dentro do gramado, o armador Renato Cajá decidiu entrar na Justiça contra a Ponte Preta. A ação tramita na nona Vara Cível de Campinas e a meta é requisitar o pagamento de direitos de imagem do contrato firmado no ano passado e que foi encerrado em dezembro. A ação cível foi apresentada no dia 06 de março.
De acordo com a ação encaminhada na Justiça, no qual a reportagem do Só Dérbi teve acesso, o jogador cedeu os direitos de exploração da imagem ao clube campineiro de 29 de março a 31 de dezembro do ano passado, cuja quantia de R$ 60 mil mensais e com quitação era prevista para todo dia 25 de cada mês.
No entanto, o clube não teria pago as parcelas vencidas nos dias 25 de novembro, 29 de dezembro e 03 de fevereiro deste ano, sendo que o valor é de R$ 60 mil cada uma. “A autora buscou amigavelmente o seu crédito, mas não obteve êxito. Não lhe restando alternativa a não ser a via judicial”, afirmou a petição encaminhada pela Justiça pelo advogado Paulo de Tarso Sass.
O processo contém ainda em anexo a íntegra do contrato de cessão de imagem por intermédio da empresa formada por Renato Cajá. Outro documento anexado pelo atleta são mensagens de Whatsapp em que funcionários da Ponte Preta pedem a emissão de notas fiscais para a empresa recorrente, além de extratos bancários.
Já na sua defesa, a Ponte Preta, cujo trabalho foi encabeçado pelo escritório Ezarchi e Artioli Associados, explica os problemas financeiros da Macaca e a necessidade de cortar 30% do quadro de funcionários.
Além disso, os advogados chamaram a atenção para um fato encarado por Renato Cajá. “Nos períodos em que o requerente alega o crédito, o atleta Renato Cajá – aquele que cedeu a requerida o seu “direito de imagem”- já não atuava mais no Campeonato Brasileiro da Série A de 2017″, afirmou o texto assinado pelos responsáveis pela defesa da Macaca.
Os advogados, enquanto representantes da Alvinegra Campineira, ainda requisitaram a realização de audiência de instrução para provar os argumentos da defesa e a nulidade do pleito feito pelo atleta.
Além do ex-camisa 10, a Ponte Preta foi acionada judicialmentre, entre dezembro e fevereiro, por Aranha, Fábio Ferreira, Nino Paraíba, João Lucas, Fernandinho, Naldo e Jean Patrick – todos passaram pela instituição no ano passado e buscam receber salários, direitos de imagem e 13º em atraso.
Ainda não há uma decisão definitiva sobre o processo de Cajá.
(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)