Ser treinador é, antes de tudo, um exercício de diplomacia.
Conversar, convencer, mobilizar, blindar e saber a hora de falar e aquilo que deve ser dito em todas as horas.
Vai muito além da escalação e da busca da vitória. Ou da construção da harmonia do vestiário.
Coloque-se no lugar do técnico pontepretano Fábio Moreno.
É chover no molhado quando afirmamos que seu time ainda precisa de ajustes e melhoria. No entanto, Fábio Moreno internamente desempenhou diversos papéis para não ver o barco naufragar.
Detalhe: em boa parte do período sem respaldo diretivo ou a ajuda necessária.
Jamais esquecer as lacunas deixadas pela ausência de um diretor de futebol estatutário e o vai e vem até definir-se pelo nome Alarcon Pacheco.
Alguém acha que Fábio Moreno ficou inerte quando a Ponte Preta teve uma ameaça de greve em suas próprias divisas?
Ele também precisou dialogar. Sem rodeios. Certamente, sem conhecer os detalhes, posso apostar que ele certamente teve um papel decisivo no processo.
Um treinador que agora precisa administrar o inevitável turbilhão que surgirá com o inicio do processo político que colocará de um lado a oposição liderada pelo Movimento Renascer Pontepretano e a situação sob o comando de Sérgio Carnielli.
Você criticar, gritar ou reclamar nas redes sociais. Só não pode deixar de admitir que treinar a Ponte Preta não é uma tarefa qualquer. É para os fortes. E resistentes.
(Elias Aredes Junior com foto de Diego Almeida-Pontepress)