Fazer muito com pouco. Não é fácil ser treinador do Guarani em tempos de escassez

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O técnico do Guarani, Allan Aal está longe de ser inocentado pela fase irregular da equipe.

Pelo contrário.

Lógico, não vai depreciar o elenco que têm em mãos.

Faz o correto.

Incentiva, defende, comemora e protege em caso de derrotas.

Tudo tem um limite. Ao responder na entrevista coletiva sobre a qualidade das opções que tem em mãos, a sua habilidade deve ser ressaltada. Primeiro por exibir compreensão em relação as falhas nas finalizações. E pela má vontade do destino.

Só que ele mandou seu recado. E bem dado. “A gente precisa melhorar em alguns quesitos e estamos de olho no mercado. Eu acho que qualificar o elenco nunca é demais. Mas dentro da nossa realidade, dentro das nossas condições financeiras e dentro do que o mercado nos oferece. Então a gente vem analisando isso”, disse.

Não foi apenas uma resposta. Foi um apelo. Direto ao Conselho de Administração. Basta dar uma olhada, refletir e dar razão ao técnico.

Se o zagueiro Romércio,  após as falhas ainda continua como titular as conclusões são obvias: ou os reservas são do mesmo nível ou piores do que ele nos treinamentos. Continua-se do jeito que está.

No ataque, drama idêntico.

Bruno Sávio é um segundo atacante que quebra um galho como centroavante. Quem deveria ser titular, Rafael Costa, está no banco de reservas.

Convenhamos: se isso acontece é porque o próprio atacante deu subsídios ao treinador durante os atividades da semana.

Você concede razão ao treineiro e não pode deixar de entender aquilo que é explicado pelo Conselho de Administração: o dinheiro é escasso e não é possível fazer loucuras.

Resta ao treinador fazer um omelete saboroso com poucos ovos e deixar a freguesia com gosto de quero mais. Não é fácil ser técnico no Guarani.

(Elias Aredes Junior- Foto de Thomaz Marostegan-Guaranipress)