Em um campo tenebroso e sombrio, sempre há espaço para luz e esperança. Após assistir a um encerramento melancólico na Série B do Campeonato Brasileiro, a torcida do Guarani poderá receber uma ótima noticia, a nomeação do ex-armador Fumagalli como novo executivo de futebol.
O seu perfil é de alguém talhado para triunfar neste novo mundo da bola, em que as raposas dão lugar aos homens engravatados e requintados.
Fumagalli está no meio do caminho. Como jogador viveu a transição da lei do passe para as normas da legislação promulgada pelo então ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Atuou em clubes de ponta como Guarani, Sport e Vasco da Gama e ali teceu uma rede de relacionamentos.
Quando pendurou as chuteiras, Fumagalli frequentou já neste ano cursos ministrados pela CBF. E vou além: em diversas entrevistas, Fumagalli, ainda no tempo de jogador anunciava sua fissura em acompanhar jogos de futebol, destrinchar jogadores e suas características e de quebra saber qual perfil é adequado para cada time.
Para completar, a cereja do bolo: Fumagalli voltou em 2012 e viveu os anos mais conturbados da história do Guarani. É alguém que conhece os bastidores, os perfis dos dirigentes, suas virtudes, defeitos e especialmente aquilo que a torcida quer e admira.
Pode sofrer pelo noviciado? Pode. O tempo é curto para montagem da equipe? Com certeza. Mas as duvidas ficam pequenas diante de tantas vantagens. Protagonistas de erros e equívocos, Palmeron Mendes Filho pode adotar uma medida acertada com a promoção de Fumagalli. Antes tarde do que nunca.
(análise feita por Elias Aredes Junior)