Futebol formatado em estágio zero e aposta no velho modo de ver futebol: o sucesso e fracasso. As estradas colocadas diante de Eberlin na Ponte Preta

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Jornalistas e repórteres estão ávidos por noticias da Ponte Preta. Em resumo: contratações. Jogadores que cheguem e vistam a camisa pontepretana na Copa do Brasil, Série B e Série A-1 do Paulistão.

O presidente eleito Marco Antonio Eberlin afirma que só anunciará depois que os jogadores estiverem com os contratos assinados. A imprensa e a torcida fiquem impacientes. Quem está certo? Ninguém.

Por tudo aquilo que ocorreu na Alvinegra nos últimos quatro anos, desde o rebaixamento no Brasileirão de 2017, é irrelevante saber quem será contratado. Como também pouco importa se é eficiente a estratégia de Eberlin de deixar de divulgar o nome dos atletas. Nunca, em tempo algum, um clube de futebol esteve tão atrelado aos resultados e a necessidade de sucesso como a Ponte Preta.

Explico: os reforços serão submetidos a uma nova realidade. A uma nova Ponte Preta. Ficarão subordinados a uma agremiação que vai contra mão do futebol brasileiro.Um futebol brasileiro sem executivo de futebol, sem terno, gravata e sem os procedimentos que vemos neste tempo moderno. Um modelo de gestão que será uma mistura da ciência com o empirismo. Algo inimináginável em clubes de ponta. Ou até mesmo em agremiações de porte médio.

Pergunto: se o cenário será novo, desconhecido, sem saber o resultado, do que adianta saber quem será contratado? Em outras agremiações, é salutar chegar na frente e anunciar os reforços. O que dizer de um clube que vai formatar o seu jeito de fazer e entender o futebol? Especular ou até sair na frente é incógnita. Não dá para saber.

Sim, é um contra senso o jornalismo brasileiro abrir mão do furo. Concordo. Mas também é temerário dar tiro no escuro quando a duvida prevalece sobre o novo.

Não há meio termo: se a metodologia de Eberlin triunfar será motivo de festa, jubilo e ele poderá gargantear aos quatro cantos que ressuscitou o “velho modo” de ver, sentir e administrar o futebol. Um fracasso no entanto, será a senha para dias difíceis.

(Elias Aredes Junior- foto de Diego Almeida-Pontepress)