Compreendo a frustração do torcedor do Guarani após o empate por 2 a 2 com o Figueirense. Triste ver escapar a oportunidade de aproximar-se da zona de classificação. Vai para um jogo de tudo ou nada contra o Sampaio Côrrea. Seria melhor desembarcar em São Luiz (MA) com uma gordura. Não deu. Paciência.
Já abordei o tema outra vez e caminharei por outra estrada. Você, torcedor bugrino, percebeu como a pauta mudou nos últimos meses após a chegada de Felipe Conceição? Que basicamente falamos somente do desempenho no gramado e nas variações táticas presentes no elenco?
Reparou o sumiço no noticiário de dirigentes, opositores, componentes do Conselho de Deliberativo e de pessoas sem qualquer envolvimento com a pauta do futebol? Acredito que é um avanço. Tremendo. Os problemas estruturais permanecem, o orçamento curto é uma realidade, mas o debate é outro.
Coloco luz neste detalhe porque quando o Guarani empreendeu boas campanhas ou reações nas ultimas competições o cenário era outro.
No ano passado, em plena gestão de Thiago Carpini, o clube convivia com as idas e vindas de Palmeron Mendes Filho, que renunciou a presidência no dia 17 de setembro. Em 2018, Umberto Louzer foi campeão na Série A-2 e nono lugar na Série B e teve que conviver com disputas de vaidade e de poder.
E recorde que na sua saída, no dia 29 de agosto, Carpini falou em alto e bom que dirigentes interferiram no seu trabalho. E hoje? Os dirigentes “sumiram”.
Não sabemos detalhes profundos do que ocorre no Brinco de Ouro, mas algo dá para dizer: que continue assim. E que eles apareçam apenas em instantes decisivos para assumirem responsabilidades. E já estará de bom tamanho.
(Elias Aredes Junior- foto de Thomaz Marostegan-Guaranipress)