“Infelizmente a gente sente o empate, mas precisamos seguir trabalhando”. Esta foi a declaração do técnico Allan Aal após o jogo sem gols do Guarani contra o Avaí. Um show de desacertos nas conclusões. Falta de inspiração que não deu uma esperança de ressurreição. O treinador do Guarani, apesar de seus desacertos e falhas, mostra-se envolvido no processo. A torcida também. Convenhamos: mais de 3.300 pessoas em uma segunda-feira à noite não é para qualquer um.
Como ficam os jogadores? Qual o grau de envolvimento? Os boleiros devem torcer o nariz para as declarações do goleiro Pegorari. Consideram que ele fala para a torcida e deixa o grupo exposto. A reclamação gera a indagação: qual jogador, além de Pegorari, coloca a cara para bater? Perceba: nem print de post no Instagram aparece. Nada. Esses jogadores são protagonistas de uma campanha vergonhosa na Série B e fica por isso mesmo? Para eles, fica.
Sou a favor da modernidade, mas o passado ensina. Em tempos anteriores, jogadores explicavam, enfrentavam a imprensa e arrumavam argumentos. Indiretamente, este procedimento gerava maturidade, postura, responsabilidade e conexão com a comunidade.
Hoje, os jogadores são caixeiros viajantes. Vendem sua força de trabalho e não se importam com o sentimento do torcedor.
Sim, o time é limitadissimo. Ruim. Corre? Até corre. Mas não tem conexão com a chamada “Familia Bugrina”. Sem este requisito, podem marcar 10 pênaltis que nada vai mudar. Sem alma, não há como ter esperanças.
(Elias Aredes Junior-foto de Raphael Silvestre-Guarani F.C)