Na Ponte Preta, a centralização de poder é tamanha que nem as culpas são repartidas

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Quando a Ponte Preta é derrotada, dois alvos preferenciais são acionados: o presidente Marco Antonio Eberlin e o técnico Nelsinho Baptista. O primeiro por ser o responsável pelas contratações e por suas explicações não serem aceitas  pelos torcedores frequentadores das redes sociais. O treinador fica na berlinda porque tem a prerrogativa de escalar os titulares, realizar as substituições e escolher os atletas para as delegações dos jogos. Matheus Régis e Luis Haquin, por exemplo, estão em segundo plano pelas resoluções do chefe da Comissão Técnica. Fato.

Duro é constatar a ausência de cobrança para alguns personagens. Pedro Rocha é cobrado e contestado. Muitos torcedores não aceitam mais sua presença como titular. Só que ele só está como titular pelo respaldo do preparador de goleiros Lauro Freitas.

Quando uma saída de gol não é bem executada ou quando existe a defesa de um pênalti, as duas faces da moeda se encontram. Tudo é fruto do trabalho de Lauro Freitas. Não seria adequado ele surgir para defender o seu trabalho e do próprio pupilo? Afinal, fica aquela prerrogativa: quem cala consente. Ou não se defende.

O assunto não está encerrado. Com os dois gols sofridos em Novo Horizonte, a Ponte Preta tem 40 gols tomados. A segunda pior no requisito, atrás apenas do Ituano, com 49 gols sofridos. Até o rival Guarani está em patamar menor, com 39 gols. E o auxiliar técnico Nenê Santana? Se ele é o responsável pelo treinamento das bolas paradas e do setor defensivo, logo devo imaginar que ele deveria encaminhar explicações. Por enquanto, o silêncio é sua resposta.

Na Ponte Preta, a centralização de comando é tamanha que nem as culpas são repartidas. Todos perdem. Uma pena.

(Elias Aredes Junior-com foto de Higor Basso-Novorizontino)