Gustavo Bueno não é mais executivo de futebol da Ponte Preta. Um clima de júbilo e de festa explodiu nas redes sociais. Todos colocaram a culpa em cima daquele que era responsável pela montagem do time nesta temporada. Evidente que ninguém está aqui para isentá-lo de culpa. Errou e errou muito. Basta verificar os zagueiros contratados para esta temporada. Todos fracassaram. Rendimento pífio, decepcionante. Para dizer o mínimo.
As criticas são merecidas. No entanto, ao mirar os canhões para um único rosto alguns detalhes são esquecidos. E são essenciais.
Lembre torcedor pontepretano que você regozijou-se com a saída de Ocimar Bolicenho, Marcelo Barbarotti, Marcus Vinicius, Vanderlei Paiva e do próprio Dicá quando dava as cartas no futebol da Alvinegra.
Após estas saídas responda para si mesmo: o que melhorou? Que evolução foi registrada no futebol profissional e nas categorias de base? Eu mesmo respondo: nada. Absolutamente nada.
Por que? Porque todas essas figuras, apesar de receberem salários e terem responsabilidades para tocarem o futebol profissional são subordinados. Ficam encarregados de obedecerem ordens. Cumprem aquilo que é determinado pelo alto clero. E pessoas que não tem cargo, mas tem clara influência no cotidiano. Leia-se: Sérgio Carnielli e Vanderlei Pereira. E os presidentes de ocasião: Márcio Della Volpe, o próprio Vanderlei Pereira, José Armando Abdalla Junior e Sebastião Arcanjo.
E o que acontece toda vez que uma demissão é registrada? A cabeça é entregue, a raiva é destilada nas redes sociais e depois a vida volta ao normal. Criticas continuam, mas não no patamar que tire o sono dos gestores. Você caiu na armadilha e não percebeu. A vida vai seguir, Tiãozinho continuará no seu processo de erro e acerto, Carnielli e Vanderlei Pereira não vão desistir de influenciar na gestão e nada vai mudar. Infelizmente.
Repito: o trabalho de Gustavo Bueno poderia ser melhor. Muito melhor. Isso, no entanto, não produz absolvição imediata para aqueles que eram seus superiores. Não caia nessa. Continue em cima. Fiscalize. Cobre. Comodidade e conformismo só trazem dissabor a própria Ponte Preta. E produzem conforto aos verdadeiros responsáveis por seguidos fracassos.
(Elias Aredes Junior)