Quanto aos questionamentos acerca da última pesquisa do Instituto Própesquisa sobre tamanhos das torcidas em Campinas (clique aqui para ver) cabem alguns esclarecimentos. A equipe do Só Dérbi entrou em contato com Rodrigo de Souza Queiroz, pesquisador responsável pelo levantamento, para entender a metodologia do ranking.
METODOLOGIA
– Não podemos responder se o resultado corresponde à realidade, mas corresponde a um resultado obtido na época da pesquisa. A metodologia não influencia no resultado. Nós fazemos, há muitos anos, uma divisão regional e uma amostra representativa da população de Campinas com cotas de sexo, idade, escolaridade, entre outros. Se excluirmos os times campinerios, a sequência das maiores torcidas foi a mesma de todas as pesquisas e de todos os institutos realizados no Brasil: Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos. Então não há um problema metodológico.
PORCENTAGEM DA TORCIDA DO GUARANI
– Em relação ao Guarani é preciso uma opinião particular minha (Rodrigo Queiroz). O momento do time pode inibir as pessoas a declarar sua opção, declarando outras equipes como time do coração. Isso é comum em outras cidades, onde as pessoas torcem pelo time da cidade, mas também torcem pelos chamados ‘times grandes’ das capital.
ENCOMENDA DA BRASIL-KIRIN, PATROCINADORA DA PONTE
– A intenção da contratante (Brasil-Kirin) é conhecer os aspectos da cidade em relação ao futebol e consumo. Eles queriam ter uma noção do tamanho da Ponte Preta e dos outros clubes antes de investir nessas marcas. Não existe possibilidade de favorecimento. O Instituto Própesquisa tem mais de 20 anos de estrada. Atendemos grandes clientes em Campinas, São Paulo e outras cidades, e jamais publicaríamos uma pesquisa com dúvida na qualidade da coleta de dados. A Brasil-Kirin não tem relação com o resultado.
O ranking do Instituto Própesquisa entrevistou 800 pessoas, onde 29% declararam não acompanhar futebol. O Corinthians foi eleito, para o Própesquisa, o time com mais torcida na cidade com 22% da preferência dos entrevistados.
(Texto e reportagem: Júlio Nascimento)