Um trabalho comandado pelo consultor César Graffietti pra a Itau/BBA fez uma análise dos resultados financeiros da Ponte Preta em 2019 e chegou a conclusão que sem uma mudança de gestão e nova fontes de receitas será impossível viabilizar uma mudança de patamar na agremiação, que atualmente disputa a Série A-1 do Campeonato Paulista e a segundona nacional.
Pelo atual modelo, o trabalho conclui que a equipe ainda é dependente de aportes financeiros por parte de pessoas físicas, papel este desempenhado na atualidade por Sérgio Carnielli.
O documento reserva sete páginas para analisar o quadro pontepretano e a foto que sai dali não é agradável ao torcedor. “Historicamente o clube possui estrutura abaixo do equilíbrio, naturalmente coberta por recursos de pessoas físicas; Não tem ajudado muito nem mesmo a se manter na Série A, que demanda cada vez mais dinheiro e investimentos; Na Série B o clube precisa de uma estrutura mais austera para encontrar o equilíbrio”, afirmou relatório na página 250.
Para comprovar sua tese, o relatório afirma que as tendência das contas pontepretanas não são amigáveis. Para se ter uma ideia, a perspectiva é de uma queda nos recursos oriundos na televisão. Se em 2019, o valor alcançou R$ 13,4 milhões, em 2020 não passará de R$ 12,7 milhões.
Sem titubear, o documento recomenda um choque de gestão para a Macaca subir de patamar. “Mais um ano na mesma para a Ponte Preta. Sem jogar a Série A o clube não alavanca receitas. Mantendo custos acima da capacidade, o clube tem que recorrer a financiamentos para fechar as contas. Não tem segredo”, afirmou o texto publicado nesta quarta-feira.
Segundo o relatório, a presença de concorrentes coloca obstáculos maiores para a busca de protagonismo na região. “Trata-se de um clube de torcida importante no interior de São Paulo, mas muito regional. E ganhou mais competidores à posição de clube local que joga a Série A. Será preciso um grande ajuste nas estruturas para colocar a Ponte Preta nos trilhos da operação equilibrada, e isso requer mais eficiência na montagem dos elencos e formação de base, assim como mais apelo junto ao torcedor para acelerar crescimento de receitas Recorrentes”, afirmou. A competição é cada vez mais feroz e a Ponte Preta precisa encontrar um modelo de gestão mais eficiente”, completou o trabalho assinado por César Graffietti. (Elias Aredes Junior)
O relatório e análise completa da Macaca você confere aqui: