A saída repentina de Robert da Ponte Preta ainda gera polêmica. O novo capítulo envolve uma transferência do jogador para o futebol asiático, especificamente para o Kitchee SC, integrante da primeira divisão do futebol de Hong Kong e filial do Barcelona. Os representantes do jogador negam que tenha ocorrido qualquer deslealdade com a Ponte Preta.
De acordo com informações do Portal Carlos Batista e da Rádio Bandeirantes, o jogador, anunciado como reforço pontepretano no dia 11, recebeu a oferta no dia seguinte e no domingo encerrou o vínculo com a Macaca ao sair do hotel e retirar seus pertences.
Um detalhe não pode ser ignorado: Robert já estava em treinamentos antes do anúncio por parte da diretoria e, mesmo assim não tinha feito exames médicos e sequer assinado contrato com a agremiação. Ou seja, se o vinculo tivesse sido assinado de maneira mais rápida, é bem provável que o atleta ou não teria aceitado a oferta ou seria obrigado a negociar uma multa de saída.
“Quando negociamos com a Ponte Preta ainda não havia acerto com o clube do exterior”, afirmou a mãe e representante do jogador, Suzana Gonçalves. De acordo com ela, a proposta surgiu quando ele saiu da Ponte Preta, momento em que já estava no Rio de Janeiro, sua terra natal. Na conversa que teve com o Só Derbi, Suzana realmente tinha dito que outros negócios estavam em andamento.
O enredo demonstra, independente de quem esteja com a razão, que a Ponte Preta foi ingênua na negociação. Se percebesse alguma enrolação por parte do staff do atleta enquanto ele treinava, deveria interromper o negócio imediatamente. E deixar de assinar o contrato e fazer os exames médicos em tempo recorde inviabilizou a arrecadação de algum valor em caso de aparecimento de algum interessado. Que fique a lição.
(reportagem: Lucas Rossafa; texto e análise: Elias Aredes Junior)