Quando a Seleção Brasileira encontra-se em campo, assim como nos jogos de Ponte Preta e Guarani, fico vidrado na partida. Acompanho lances, estatísticas e outros acontecimentos fora do roteiro. No intervalo aproveito para relaxar.
Nesta sexta-feira, aproveitei o período para dar uma espiada nas redes sociais. Uma foto chamou minha atenção. Pelo alto, a foto, de autoria do advogado Nilson Lucílio, exibia um Largo do Rosário lotado, cheio de camisas verde e amarela. O telão de mil polegadas transmitia o Brasil contra a Costa Rica.
Vitória assegurada e lembranças aparecem. Não do acontecimento eternizado em uma fotografia e sim de algo perdido no tempo: o Largo do Rosário como QG de inteligência e alegria do futebol campineiro.
Triunfos de Ponte Preta e do Guarani foram celebrados naquele espaço. Craques eram a pauta das discussões que avançavam a madrugada e forjou personagens folclóricos e conhecidos, como Zé do Pito e o jornalista e comentarista Brasil de Oliveira.
Largo do Rosário como espaço de manifestações políticas como pela Anistia no final da década de 1970, a campanha das Diretas Já em 1984 ou as passeatas contra Collor e os últimos governistas progressistas do pais.
Bugrinos e pontepretanos desapareceram. Não existe o que comemorar. As novas gerações não sabem que o Largo do Rosário é a cara de Campinas.
É o símbolo supremo. O tempo dissipou dos jovens torcedores das duas equipes que o Largo do Rosário é um espaço de emoções. Que não serve apenas para os gols de Neymar, mas para todo e qualquer triunfo advindo de duas equipes centenárias e tradicionais.
Que os jogos da Copa do Mundo sirvam para relembrarmos o quanto é positivo utilizar um espaço público para comemorar, torcer pelo nosso time e fazer amigos.
Sem intermediação das redes sociais.
(análise feita por Elias Aredes Junior)