Ponte Preta 0 x 1 Água Santa: uma derrota que coloca a equipe na rota do rebaixamento. Quem são os responsáveis?

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Em nova atuação de baixo nível técnico e sem qualquer poder de reação, a Ponte Preta perdeu para o Água Santa por 1 a 0, em jogo realizado na noite deste sábado no estádio Moisés Lucarelli e válido pela Série B do Campeonato Brasileiro.

O revés deixou a equipe com oito pontos ganhos e agora definitivamente preocupada com a zona de rebaixamento. Por enquanto, a equipe está na 14ª colocação porque tem oito pontos e ganha no número de vitórias da Internacional de Limeira. O próximo desafio será no próximo domingo, contra o Corinthians, fora.

Podemos dizer que o jogo é resumido da seguinte forma: a Macaca teve posse de bola em boa parte do jogo e não criou quase nada, excetuando-se uma chance ou outra de Lucca. Tudo desmoronou aos 31min do segundo tempo, quando Dedé deu passe curto para o goleiro Ygor Vinhas e Vinicius aproveitou o vacilo para tocar para o gol. Daí em diante foi só sofrimento. Do primeiro ao último minuto.

O resultado gera uma situação dramática. Precisa somar uma vitória em dois jogos. Primeiro contra um Corinthians sedento por reabilitação. Depois recebe um Ituano que está longe de ser fragilizado. Pode escapar? Pode. Mas o quadro é delicado. Não somente pela pontuação. Mas pela falta de qualidade dos jogadores. Ou na parte física ou na técnica. Não dá para fugir da constatação: o elenco deixa a desejar. No papel pode até ser melhor que muitos de seus concorrentes. Na prática, o horror prevalece.

Quem é o responsável? Quem deve ser cobrado caso o pior aconteça? Para começo de conversa, a Diretoria Executiva comandada por Marco Antonio Eberlin. Eles montaram o time, deram respaldo e agora podemos afirmar que cometeram um erro fatal: a manutenção do técnico Gilson Kleina. Assegurou manutenção na Série B? Concordo. Mas desde aquela época infelizmente verificou-se que seria necessária uma grande reviravolta para que o repertório tático fosse ampliado. Hélio dos Anjos fez o necessário, mas o alicerce infelizmente não foi bem fundamentado.

Evidente, um rebaixamento sacramentado é o presente que produz os fatos com o auxilio dos protagonistas (Leia-se diretoria, comissão técnica e jogadores). Mas jamais podemos esquecer que o caos está implementado há tempos no Majestoso. As edições de Paulistão o sufoco passou a fazer parte do repertório. Seja com José Armando Abdalla Junior ou Sebastião Arcanjo. Como também não pode ser ignorada a queda do Brasileirão de 2017, em que a Macaca jogou fora um orçamento recorde no lixo (R$ 70 milhões) e de quebra “ganhou” ações” trabalhistas. Tudo começou ali.

Ou seja, a diretoria atual pode e deve ser cobrada por essa campanha horrorosa. É inadmissível um clube do tamanho da Ponte Preta correr o risco de visitar a Série A-2. Mas a crise é estrutural. Sem mudança de procedimentos e normalização política, tudo só vai piorar. A derrota para o Água Santa é apenas consequência de um terremoto provocado nos últimos 25 anos por prepotência, vaidade e individualismo. É preciso apelar para a fé. Porque os homens não ajudam. Infelizmente.

(Elias Aredes Junior-Foto de Álvaro Junior-Pontepress)