A Ponte Preta chorou nesta quinta-feira a perda do atacante Adilson, de 73 anos. Seus números não podem ser esquecidos. Defendeu as cores da Macaca entre os anos de 1966 e 1972, com 203 partidas e 31 gols. Não era uma artilheiro nato, mas sabia ser solidário e deixar os companheiros em boas condições.
Foi campeão da Divisão de Acesso de 1969 e vice-campeão paulista de 1970. Também foi titular absoluto do time que, no segundo semestre de 1970, disputou o Robertão. Naquela ocasião, a Ponte então se transformou no primeiro clube do interior do Brasil a disputar uma edição do Campeonato Brasileiro.
Esse é o Adilson que ficará eternizado nos registros do futebol nacional. Mas existe uma outra faceta, que conheci ao longo do tempo que trabalho para o Sindicato dos Energéticos do Estado de São Paulo. Adilson era sempre presente em atividades e defendia, ao seu modo, discreto e sereno, melhores condições de vida aos trabalhadores e na luta contra o racismo. Afinal, tinha orgulho em ter atuado na CPFL.
Foi uma estrela da Macaca e nunca utilizou isso como trunfo para se impor sobre ninguém. Pelo contrário. Sempre integrado ao coletivo, este colunista observava de longe sua alegria e disposição em fazer comunhão com aposentados e alguém pronto a ajudar ou bater um belo papo. Vai fazer falta. Que descanse em paz.
(Elias Aredes Junior)