Ponte Preta e a necessidade de juntar dois mundos distantes e divergentes

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Alguns fatos não podem ser ignorados. Explicam contextos, lugares e personagens. Hoje, nós podemos afirmar com segurança sobre a existência de duas versões da Ponte Preta dentro do mesmo espaço. São capazes de gerar esperança, pessimismo, amor, ódio, ansiedade e frustração.

A primeira versão da Ponte Preta é calcada no futuro e no concreto. O presidente Marco Antonio Eberlin e seus apoiadores apostam suas fichas em um projeto de médio e longo prazo cujo pilar é a revitalização do patrimônio do clube.

Reformas de alojamentos no Majestoso, mudanças administrativas, reforma dos camarotes, instalação de um novo placar eletrônico, reforma do Centro de Treinamento do Jardim Eulina, acordos para instalação de nova iluminação, entre outras medidas.

Se a atual Diretoria Executiva fosse um buffet e uma casa de festas, poderíamos afirmar que o local passa por uma recauchutagem  para viabilizar um momento grandioso, o retorno às festas de grande dimensão, que seriam as participações de relevância da Macaca nos campeonatos em que disputa.

Só existe um problema. O torcedor não quer esperar. Cobras promessas feitas no período eleitoral. Quer um time competitivo. Aqui e agora. Ficou frustrado com as contratações na janela de transferência. Queria mais qualidade. Jogadores com poder de decisão. O presidente, por outro lado, diz para quem quiser ouvir que não irá comprometer as finanças.

Eberlin tem um trunfo: a credibilidade de Nelsinho Baptista. Aos poucos, muitos começam a se conformar com a campanha intermediária, sem sustos. Outros se revoltam com a sétima edição seguida na Série B. As redes sociais cobram, julgam e condenam.

A bola precisa voltar a entrar com maior frequência. Até para juntar estes dois mundos que hoje parecem irreconciliáveis.

(Elias Aredes Junior-Foto de Marcos Ribolli-Pontepress)