A esperança atropela baixa pontuação e torcida do Guarani aguarda a redenção. Como controlar a ansiedade?

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O futebol é o único esportes em que os números geralmente dizem pouco. Pegue o caso do Guarani na atual edição da Série B do Campeonato Brasileiro. Está na lanterna e mesmo se ganhar o jogo atrasado contra o Botafogo, marcado para outubro, ainda permaneceria dentro da zona de rebaixamento. Seria motivo mais do que suficiente para o torcedor bugrino esperar por dias tenebrosos.

Nada disso. A esperança voltou com carga total e sair do Z4 parece ser uma questão de tempo. Fica a pergunta: o que aconteceu? Logo de largada não podemos desprezar o acerto de algumas contratações feitas pelos responsáveis pelo Departamento de Futebol Profissional.

Ex-executivo de futebol do Guarani, Toninho Cecílio trouxe dois jogadores fundamentais: Matheus Salustiano, um clássico zagueiro de Série B, com força física, vitalidade e consciente de suas limitações. Sem contar o volante Gabriel Bispo, talhado para a marcação e que conseguiu liberar Matheus Bueno no rumo do ataque.

O novo mandachuva Rodrigo Pastana parece ter acertado no treinador. Allan Aal não é o novo Carlo Ancellotti, mas se fosse um cozinheiro, ele não deixaria o feijão queimar. Monta o time de maneira agrupada, toca a bola e aposta em movimentações no trecho final do gramado para envolver o oponente. Com isso, poupa fisicamente a equipe. Detalhe: em linhas gerais, esta mesma estratégia foi adotada em 2019, quando Thiago Carpini pegou o time em condições parecidas e salvou a equipe.

Então está tudo resolvido? Nada disso. O campeonato é traiçoeiro e o Guarani terá que jogar muita bola para sair da lama em que se meteu. Antes existia uma luz no fim do túnel. Mas o trem vinha alta velocidade. Agora, o trem parou. E a luz continua. O jeito é aguardar os próximos capítulos.

(Elias Aredes Junior- com foto de Raphael Silvestre-Guarani F.C)