Guarani e Ponte Preta estão focados a restabelecerem a temporada de 2017 como marco de suas relações com as torcidas. Atrativos não faltam. O torcedor bugrino voltará a presenciar seu time na segundona nacional após quatro temporadas enquanto que o torcedor da Macaca terá a oportunidade de vivenciar a Copa do Brasil e a Sul-Americana sem precisar cruzar os dedos para ser eliminado de uma ou de outra. No entanto, uma série de conjunturas serão enfrentadas.
Segundo levantamento de média de público feito pelo portal Globo Esporte.com, os pontepretanos atraíram 158380 pessoas em 31 jogos disputados no Majestoso em 2016 enquanto que os bugrinos em 19 partidas na Série A-2 e terceirona receberam 77.728 pessoas. Um total de 236.108 pessoas.
Um resultado decepcionante se levarmos em conta por exemplo a situação de Florianópolis, em que o Avaí (154.919), na Série B e com acesso conquistado e o rebaixado Figueirense (184.547) atraíram na temporada 339.466 torcedores. Um resultado expressivo ao se levar em conta que de acordo com a pesquisa do Ibope realizada em 2014, nem ou outro tem a preferência absoluta no estado. Pior: o Grêmio lidera com 870 mil torcedores enquanto que o Corinthians vem a seguir com 620 mil torcedores.
Outro desafio é superar a indiferença. No trabalho do Ibope em 2014, um contingente de 23,4% dos brasileiros não torcem para nenhum time. Pelo instituto Paraná Pesquisas, promovido em 2016, o percentual é de 19,5%.
Se transportarmos esta realidade para Campinas, com 1.173.370 habitantes, temos de 228.807 a 274.568 campineiros não ligam para futebol. Com a presença de Corinthianos, Palmeirenses e Santistas na cidade dá para ter uma noção do desafio encampado pelos dirigentes dos dois clubes tanto para atrair torcedores para o estádio como para ganhar novos adeptos.
Se futebol é negócio, dá para concluir que a disputa de mercado será intensa. Não dá para bobear.
( análise, texto e reportagem: Elias Aredes Junior)