Ponte Preta e o desafio: evitar a mudança de humor com a comissão técnica

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João Brigatti tem o respaldo da torcida. As arquibancadas celebram a campanha na Serie B do Campeonato Brasileiro. Sonham com a chegada no grupo de classificação. Agora, a missão é estabilizar o humor tanto dos fanáticos pontepretanos como de nós, cronistas esportivos.

Temos uma péssima mania. Focamos apenas pelo resultado. Ganhou, é lindo e maravilhado. Perdeu, a tragédia é configurada em cores vivas. Não fazemos uma análise em médio e longo prazo. Faço uma provocação: Doriva armou o time de maneira impecável no dérbi. Ganhou. Logo depois levou cartão vermelho. Será que sua gestão não poderia ganhar um pouco mais de tempo?

Brigatti está sentado em um barril de pólvora. Um clube dividido, desprezado por uma parte dos dirigentes e um presidente de honra que transmite a sensação de que deseja dividir para governar. O conflito interno é o combustível para sustentar seu poder.

Todos querem mandar e no final ninguém define uma diretriz. Como não falamos de um super herói e sim de uma pessoa de carne, em determinada situação, o goleiro não suportará as idas e vindas. Vai respingar no elenco. Inevitável. Os tropeços vão surgir.

A serenidade precisa entrar em campo. Jornalistas e torcida devem ter a consciência em evitar cair em depressão e utilizar as redes sociais como tribuna de uma condenação que por vezes pode ser injusta.

A Ponte Preta é um clube tenso. Assessores e funcionários vislumbram repórteres como inimigos e a torcida considera que ninguém quer ajudar. É preciso mudar o foco. Apontar os erros e equívocos do trabalho de Brigatti e da comissão técnica sim. Porque errar é da natureza do trabalho.

Mas sem perder de vista que o avião estava caindo e prestes a espatifar no mar. Brigatti é o membro da tribulação que toma a iniciativa de evitar o pior enquanto os outros discutem por que a aeronave falha.

(análise feita por Elias Aredes Junior)