Tenho convicção de que este texto vai fustigar reações desmedidas nas hostes pontepretanas. Alguns poderão ficar ressentidos. Aviso: se tem consciência limpa de que faz tudo ao seu alcance, não fique bravo.
Só que não dá para deixar de constatar a existência de um fenômeno na torcida da Ponte Preta: os corajosos (ou hérois) de Facebook. Ou das redes sociais.
O método é simples. Eles dizem deter a solução para tudo. São detentores das soluções para tirar o clube do atraso. Arrebentam com os dirigentes do passado e do presente. Reclamam a cada empate, derrota ou campanha decepcionante.
Na hora de colocar a mão na massa, nada fazem. Não participam do Conselho Deliberativo. Não se oferecem para auxiliar no dia a dia. Não abrem espaço para as novas tendências do futebol. Só querem criticar, criticar, criticar. E a Ponte Preta? O interesse da instituição fica lá no final da fila.
Tem um outro estilo de corajoso de Facebook.
Ou de Twitter.
Ou de qualquer rede social.
São aqueles que já participaram diretamente ou indiretamente da gestão, não fizeram qualquer inovação e na atualidade atuam como “ombudsman” nas redes sociais. Só ele é detentor da verdade.
E o principal: os erros que cometeu são creditados a conjuntura, ao lugar da Ponte Preta no futebol brasileiro, a bola que bateu na trave. Tinha muito dinheiro? Os outros tinham mais. Não tem coragem de dizer: “Eu errei”.
Os corajosos de Facebook, os heróis de redes sociais podem até fazer bem ao ego.
Conseguem até aprimorar o vocabulário ou construir um slogan ou uma palavra de ordem. No entanto, é um autêntico gol contra para quem deseja forjar uma instituição moderna, ousada, determinada e antenada com nosso tempo.
Sem a bendita prática, qualquer ação deles nas redes sociais tem o efeito de um placebo.
(Elias Aredes Junior- foto de https://shopcatalog.com/)