Em anos anteriores, a Ponte Preta chegou a vender a tese ao seu torcedor de que o Campeonato Paulista era uma espécie de laboratório, uma competição para acertar arestas e construir uma campanha consistente na Série B. Sinto dizer aos defensores desta tese. A atual temporada colocou tudo por terra.
Lógico que muitos dos jogadores lançados no Paulistão saíram para outras praças e prejudicaram a montagem da equipe pontepretana. Só que não dá para ignorar o fato que boa parte da irregularidade apresentada pela Macaca na segundona nacional foi fruto do rendimento ruim no Campeonato Paulista, cuja conquista do Título do Interior só serviu para mascarar a qualidade deficiente do elenco.
O milagre operado por Gilson Kleina, de sete vitórias e dois empates não pode ser o álibi da amnésia seletiva. Antes de sua chegada o temor era pelo rebaixamento. Foram 29 rodadas de terror e apenas nove de esperança.
Qual a saída? Construir uma equipe forte desde a pré-temporada. Almejar construir um futebol de qualidade e entrar com o pé acelerado na competição nacional. Basta lembrar que o Fortaleza e CSA, campeão e vice da Série B foram finalistas de seus respectivos estaduais. Lógico, é loucura comparar com o Paulistão em termos de qualidade técnica. Mas asseguro que os promovidos não usaram o semestre inicial como teste.
Ou seja, a luta pelo acesso não começará em abril ou maio e sim em janeiro. Só não vê quem não quer.
(artigo escrito por Elias Aredes Junior)