Palmeron Mendes Filho, o campeão em produzir constrangimento ao torcedor do Guarani

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Presidentes de clube podem e devem falar. Prestar contas ao torcedor. Exibir o horizonte do que será feito no futuro. Mas é precisa detectar o que falar, como dizer e qual a maneira adequada. Infelizmente o presidente do Guarani não aprendeu o conceito.

Uma prova cabal de que Palmeron Mendes Filho está casado com o equívoco foi comprovado na entrevista coletiva realizada nesta terça-feira no Brinco de Ouro e que serviu para apresentar Fumagalli como novo responsável pelo futebol e Gabriel Remédio como como coordenador.

Eis que a entrevista tinha sido encerrada e o presidente bugrino solta o seguinte petardo: “É preciso falar algo que não havia sido divulgado. É que 2019 será um ano e que seguido a 2009, o primeiro ano em que Guarani e Ponte Preta iniciam o calendário disputando as mesmas competições. Em 2009, disputamos Série B, Paulista e Copa do Brasil. O Guarani retorna em 2019 a disputar a Série A-1 do Paulista, Isso só aumenta nossa responsabilidade. Mostra e comprova a importância de 2018. Hoje estamos nas mesmas condições (que a Ponte Preta) e prevalecem os títulos que o Guarani conquistou”, disse.

Foi a maior demonstração de insensibilidade vista em um dirigente de futebol.  Palmeron deveria saber que o torcedor bugrino ainda não cicatrizou as feridas por anos e anos de desmandos, rebaixamentos, erros de gestão e times de péssima qualidade. Ninguém precisa ser bidu para saber que, apesar de seus erros, a Ponte Preta esteve em patamar superior. Para que recordar? Com qual objetivo? Para o torcedor bugrino ser alvo de chacota na rua? Não é possível.

A comparação foi a pior possível. Alguém pode alegar o vice-campeonato da Série B de 2009 como marco positivo. Será que algum assessor lhe fez lembrar que o Guarani foi rebaixado no Paulistão de 2009? E mais: com uma derrota na última rodada para o Bragantino por 1 a 0, o mesmo que lhe receberá na largada do Paulistão.

Na Copa do Brasil as recordações são amargas em 2009. Se na fase inicial passou pelo J. Malucelli, na segunda fase após perder do Internacional por 2 a 1 no Brinco de Ouro, a equipe foi goleada por 5 a 0 no Beira Rio. Será que algum torcedor deseja celebrar algo tão amargo?

Antes de buscar comparações com o rival, que Palmeron reflita sobre os fatos recentes do Guarani e faça colocações pertinentes e que tragam orgulho e não constrangimento ao torcedor.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

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