Existe uma maneira clara de aprofundar o atraso de um clube: discutir sobre homens e não o futuro da instituição. Já escrevi sobre o tema por diversas vezes. Já até lancei que existe os integrantes do “Sérgio Carnielli Futebol Clube”.
Que aliás, sempre falam que não são defensores do presidente de honra e sim que querem o melhor para a Ponte Preta. Uma falta de coragem opinativa assustadora.
Enquanto defendem o ex-dirigente ferozmente e tentam convencer as pessoas da validade da Arena, os concorrentes avançam. A galope.
Nem falo dos quatro promovidos a primeira divisão e sim de novos personagens na geografia da bola paulista. O Mirassol com seu Centro de Treinamento moderno já conseguiu sair da Série D e logo logo desembarcará na segundona. Questão de tempo.
A Internacional de Limeira com todas as suas limitações orçamentárias viabiliza recursos para construir um novo Centro de Treinamento. O Botafogo de Ribeirão Preto, rebaixado a terceirona nacional reage imediatamente com a contratação de Paulo Pelaipe, que em 2019 ganhou tudo com o Flamengo.
Já o Centro de Treinamento da Ponte Preta recebeu sua última reforma em 2014. Ao invés de patrocinar um grande processo de apresentações de ideias e projetos para melhorar o clube, estes defensores incondicionais de Carnielli preferem gastar o seu tempo com ataques e tentativas de desqualificação da oposição. Gente que passa a impressão de que que, ao invés da democracia, tem é saudade da ditadura. Além disso, se eles acham que nada deve ser mudado, por que não há encaminhamento de ideias e sugestões para a atual administração? Pois é.
Moral da história: a Ponte Preta terá orçamento curto e reza dia e noite para renovar contratos dos poucos jogadores que deram retorno. Sejamos sinceros: isso pode dar certo para a temporada inteira? Não descarto êxito no Paulistão, até chegada em final dada a conjectura da competição. Mas isso é suficiente para as 38 rodadas da próxima Série B?
Pois é. Enquanto os apoiadores de Carnielli gastam tinta e tempo em desqualificar a oposição e destruir a democracia interna do clube, os concorrentes avançam. E ninguém faz nada. Triste.
(Elias Aredes Junior)