Ponte Preta, Paulistão e o fantasma do rebaixamento: só a torcida pode evitar o pior!

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Nem toda conversa é agradável. Nem todo diálogo é lotado de sorrisos. O torcedor da Ponte Preta tem plena noção deste conceito. Empatar com o fraco Capivariano por 0 a 0 e chegar aos 13 pontos deixou a Alvinegra em situação dramatica no que se refere ao rebaixamento. Está um ponto atrás do Novorizontino, que hoje seria o primeiro a fazer parte da Série A-2 no ano que vem.

Pelas contas mais conservadoras, duas vitórias bastam para terminar com o sufoco. Em 2014 o XV de Piracicaba terminou com 19 pontos e na 14ª posição enquanto que no ano seguinte o Capivariano cravou 16 pontos e ficou na posição que hoje assegura permanência.

Matemática simples, certo? Nem tanto. Pense e reflita: o atual time da Macaca tem condições de somar as duas vitórias de maneira tranquila? Crava mais seis pontos nas cinco partidas restantes? Existem mais motivos para dúvidas do que para convicções de final feliz.

O Mogi Mirim, adversário desta quarta-feira, em Campinas, está frágil? É verdade. Luta contra o rebaixamento? Ninguém ignora tal fato. No entanto, também é verdade que contra o lanterna do Campeonato, o Capivariano, a Ponte Preta não teve capacidade de furar o bloqueio adversário e sequer armar uma pressão digna de desembocar em um gol salvador. Fica difícil armar o otimismo para os 90 minutos seguintes.

Olhe para o confronto diante do Red Bull, programado para o próximo final de semana e você verá do outro lado uma equipe com um treinador há muito tempo com trabalho sedimentado e jogadores experientes do porte do zagueiro Diego Sacoman e do centroavante Roger, um dos artilheiros do Paulistão com oito gols anotados. Sem contar a campanha do Toro Loko, com 16 pontos e nas primeiras posições até da classificação geral. Dá para cravar em moleza nos 90 minutos? Não, não dá.

Posteriormente, na outra semana, no dia 30 de março, a Ponte Preta vai até a Arena Itaquera e encara um Corinthians, mas já com bom volume de jogo e com pontuação relevante na Libertadores – três vitórias em quatro jogos– e líder absoluto na classificação geral com 23 pontos ganhos. Na bola, sem interferências divinas, dá para cravar uma vitória da Macaca? Dificil.

No dia 02 de abril, a Ponte Preta receberá o Água Santa, outro envolvido na luta contra o rebaixamento e encerra contra o Rio Claro, fora. São oponentes bativeis mas que podem se transformar em gigantes caso a Ponte Preta esteja em condição emocional fragilizada.

Tracei tal cenário para dizer o óbvio: o torcedor pontepretano precisa encarnar o conceito do 12º jogador. Torcer, incentivar e empurrar o time nos jogos no Moisés Lucarelli e promover caravanas nos jogos em São Paulo e Rio Claro. Omissão na altura dos acontecimentos é passaporte para uma surpresa desagradável.

É preciso criar uma atmosfera de aconchego e conforto aos jogadores para que eles possam tirar forças excedentes e viabilizar os pontos que faltam para escapar do rebaixamento. Sem a ajuda do torcedor vai ficar dificil. E o que era um distante pesadelo não pode virar realidade. É hora de mobilização. Antes que seja tarde.

(análise feita por Elias Aredes Junior- Foto Thiago Toledo-Ponte Press)