Ponte Preta precisa criar um mundo paralelo para vencer na Ressacada

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Ninguém pensa em outro resultado no estádio Moisés Lucarelli que não seja a vitória. Assegurar os três pontos será o passaporte definitivo para a divisão de elite e uma nova realidade financeira. Incrementar as possibilidades de êxito passa pela criação de um “mundo paralelo” por parte de jogadores e integrantes da Comissão Técnica.

O passo inicial é esquecer a torcida do Avaí. Em uma de suas várias entrevistas dadas ao longo da carreira, o técnico do Cruzeiro, Mano Menezes, afirmou que o lado negativo de atuar em La Bombonera nem era o Boca Juniors e a qualidade de sua equipe e sim o clima formado dentro do estádio que poderia abrir passo para um flash de distração no gramado e imediatamente aproveitado pelo adversário.

O Avaí fará festa? As arquibancadas estarão lindas? Certo. Ótimo. Então que os jogadores pontepretanos adotem concentração máxima, não fiquem inebriados pelo clima. Parece bobagem, mas são nesses detalhes que tudo vai por água abaixo.

O mundo paralelo pontepretano deve esquecer arbitragem. Wilton Pereira Sampaio é polêmico, tem trabalhos confusos e enervam os jogadores. Sabemos disso. Então, a saída é mirar-se no jogo, nas suas estratégias e uma resolução  errada ou equivocada da arbitragem, dentro do possível precisa ser ignorada. Gilson Kleina sabe do que falo em virtude de suas expulsões. Já está marcado. Precisa tomar cuidado.

O último ponto do mundo paralelo pontepretano talvez seja o mais difícil de realizar: apagar da mente que existe jogo em Caxias do Sul entre Juventude e CSA. Talvez seja o mais difícil. Porque se na Ressacada o empate prevalecer ficará quase impossível desprezar o celular e os aplicativos com resultados on line. Resistir a tentação seria uma boa pedida.

Os requisitos são duros de serem cumpridos? São. Mas encerro com uma frase que sempre encontra-se na boca do torcedor pontepretano: quem disse que as coisas são fáceis para a Ponte Preta? Que o sofrimento seja amenizado e o olimpo apareça.

(análise feita por Elias Aredes Junior)