Quem vai salvar a Ponte Preta e prepará-la para o futuro? Não são os jogadores. Leia e descubra

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Vencer uma partida dentro de casa, apesar do atraso no pagamento de direitos de imagem e da falta de perspectiva de quitação dos bichos.

Atletas que deixaram as brigas políticas de lado e arrancaram na marra uma vitória fundamental para as pretensões de permanência. Torcedores fanáticos podem imaginar que a Ponte Preta foi invadida por um espirito altruísta. A vitória a qualquer preço, apesar do bolso vazio. Nem tanto.

Jogador de futebol sabe que existem vitrines de projeção no futebol nacional: Copa do Brasil, Campeonato Paulista, Copa do Nordeste, Campeonato Carioca e Séries A e B do Brasileiro. Fora disso, é flertar com o ostracismo. Cito competições organizadas pela CBF ou Federações.

É nesse circulo pequeno que o dinheiro aparece e promove independência financeira ou abre as portas para uma carreira promissora no exterior.

Pergunto: o que ganharia esses atletas em derrubar a Ponte Preta para a terceira divisão e jogar o clube no ostracismo? Você pode alegar que o jogador não liga se o time naufragar.

Balela.

Por ser uma pessoa no geral individualista  e cercado de empresários com interesses imediatos, o jogador sabe que a sua sobrevivência depende do sustentáculo mínimo no calendário. Ou seja, ficar em 16º lugar é questão de sobrevivência. Ou de um lugar digno na geografia da bola. Na Ponte Preta ou em outro lugar.

Eles pensam no curto prazo: próxima partida, turno ou final de ano. Não há ligação sentimental.

Quem vai salvar a Ponte Preta de algo mais nefasto em médio e longo é sua torcida e cúpula diretiva.

Que terá a missão de fazer duas exigências para o futuro: que o clube adquira compromissos que possa pagar  e que a instituição seja norteada pela humildade e coesão e nunca pela vaidade.

Quando achamos que os heróis são os jogadores e que fazem mais pela instituição do que os dirigentes é o mesmo que considerar que o vizinho tem mais capacidade para limpar a nossa casa do que qualquer integrante da residência.

Eles estão de passagem.

Que os mandatários assumam suas responsabilidades.

(Elias Aredes Junior- com foto de Álvaro Junior)