Tobogã, o 13º jogador que o Guarani precisa

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No dia 23 de novembro de 2008, o estádio Brinco de Ouro recebeu 19.742 pagantes, testemunhas da vitória do Guarani sobre o Águia de Marabá por 2 a 1. Estes três pontos asseguraram o vice-campeonato da Série C do Brasileirão e o acessão à divisão superior no ano seguinte. O Alviverde tinha um time limitado comandado pelo técnico Luciano Dias e quem acompanhou o confronto sabe que a pressão das arquibancadas foi fundamental na obtenção da redenção.

Só que tal pressão só funcionou por causa de um personagem: o tobogã. Na época em plena atividade, ele permitia o registro de públicos capazes de transformar o gramado do Brinco de Ouro em caldeirão aos adversários. Como no dia 10 de setembro de 2005, quando 30.575 torcedores acompanharam a vitória do Guarani sobre o Avaí por 2 a 0 e que viabilizou o time terminar entre os oito primeiros colocados da Série B.

Faço tal introdução para dizer que a diretoria está correta em adotar a discrição e tentar viabilizar a liberação do tobogã para o jogo de quartas de final e que na prática será a decisão da terceirona nacional.

Se a fase inicial terminasse hoje, o oponente seria o ASA (AL) cujo melhor público foi na terceira rodada, no dia 05 de junho no empate por 0 a 0 com o Salgueiro e com a presença de 4079 pagantes. No entanto, ao perder para o Tupi por 2 a 1 e dar adeus a segundona nacional, o seu estádio registrou 9.429 torcedores.

Imagine como ficaria o quadro se o Remo conseguir a classificação na quarta posição. Alguém tem dúvida de que o Mangueirão poderá ser utilizado e com público de 30 mil pessoas.

Hoje, o Brinco de Ouro tem capacidade para comportar 12.500 pessoas. Com o tobogã liberado e dependendo do laudo do Corpo de Bombeiro, este patamar sobe para aproximadamente 20 mil pessoas. É um fator de pressão acrescido sobre o oponente.

A diretoria bugrina, mesmo que de modo discreto e sem alarde está correta: vale a aposta na obtenção de um 13º jogador (o 12º são as arquibancadas já liberadas) . O reforço seria muito bem vindo.

(análise feita por Elias Aredes Junior)