Uma análise sobre o pedido de trégua dos jogadores da Macaca

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jogo Ponte x Botafogo - Estádio Moisés Lucarelli - Campinas - SP Campeonato Brasileiro Série B 2019 - 07/06/2019 Foto: Álvaro Jr

No inicio da tarde desta terça-feira, as redes sociais foram invadidas com duas artes emitidas pela assessoria de imprensa da Ponte Preta. Nelas, os jogadores Roger e Renan Fonseca declaravam de que estava tudo bem e que especulações em relação ao pagamento de salários não procede.  Não sei quem foi o autor da ideia, mas creio de que queimaram um cartucho precioso e de modo inconveniente.

De modo educado e respeitoso, os jogadores deveriam recusar a tarefa, mesmo com os boatos sobre uma possivel greve.  Ora, o responsável por deixar tudo em dia e prestar contas a torcida, conselheiros e associados não são os atletas e sim os integrantes da diretoria executiva. Fica a impressão de que os diretores querem colocar um escudo a frente para se protegerem de futuras tempestades contábeis. E se o boato surgiu, que os dirigentes apareçam e dêem uma entrevista coletiva.

E os atletas ficam em uma sinuca de bico para o futuro. Digamos que (e não desejamos isso!) que o atraso de salários fique crônico dentro da agremiação e comprometa até a quitação de contas simples. Que moral terá os atletas para reivindicar se agora eles saem a frente para defender a diretoria?

Se os próprios integrantes da direção da Ponte Preta em off afirmam em alto e bom som que por vezes os atrasos são inevitáveis porque deixar os lideres do time nesta situação? As vezes a Macaca arranja problemas onde não existem.

(Elias Aredes Junior)