Um discurso pode apresentar diversas variações. Você pode incentivar, desmotivar, desmobilizar ou tirar a esperança. Basta uma frase ou sentença e tudo vai pelos ares. A derrota para o Guarani seria um prato cheio para que o treinador adotasse um discurso para baixo. Ou de jogar a toalha.
Apesar de considerar a necessidade de reavaliação da estratégia para os confrontos fora de casa, não posso renegar a inteligência do treinador bugrino após a derrota para o rubro negro baiano. Ele disse: “O gol sofrido no início do segundo tempo na bola parada atrapalhou muito. Mas quero parabenizar o grupo que lutou mesmo com toda essa desigualdade em campo. Criamos, o goleiro fez intervenções e ainda teve um lance que a defesa tirou a bola em cima da linha. Lutamos, mas não foi o resultado que gostaríamos”, disse.
Perceba: ele lamenta o resultado, mas encontra virtudes na atuação.
Enaltece o rendimento da defesa. Admira o esforço dos jogadores com um jogador a menos.
Isso é controle de vestiário na veia.
É aquilo que faz um treinador de modo racional: tem seis jogos pela frente e as possibilidades de acesso estão colocadas.
Louzer apenas faz o possível e o impossível para deixar o sonho aceso. Está certo.
(Elias Aredes Junior- com foto de Raphael Silvestre-Guarani F.C)