Neste dia 13 de julho Oscar Salles Bueno Filho, o Dicá completa mais um ano de vida. 73 anos. A missão de escrever sobre o camisa 10 da Ponte Preta é árdua. Porque tudo já se afirmou a seu respeito: o exímio cobrador de faltas, o líder no gramado, o condutor da campanha de 1977, o maestro na conquista do turno inicial de 1981, o herói nos clássicos com o Guarani, o atleta nascido em Campinas com maior destaque…O roteiro é denso e infinito.
Quero abordar, no entanto, a intensa relação da torcida com Dicá. Ele parou de jogar e trabalhou por diversas vezes na Macaca. Seja como dirigente ou alguém que dê apoio a comissão técnica. Não teve sucesso. E isso sequer trincou a idolatria em torno de seu nome e de sua história.
Percebam as criticas dirigidas ao filho Gustavo Bueno e a postura amadurecida das arquibancadas de realizar a devida separação.
Por que?
A resposta é simples: ninguém esquece quem alegrou sua infância. É crime de lesa pátria ignorar aqueles que lhe concederam um balsamo de alegria para andar com orgulho pelas ruas da cidade nas décadas de 1970 e 1980. Seria uma tremenda injustiça nutrir um sentimento de indiferença por quem lotou estádios e espalhou o nome da Ponte Preta pelos quatro cantos do planeta.
Dizer parabéns para Dicá é pouco. Viabilizar um busto é insuficiente. O correto é dizer obrigado. E vida longa.
(Elias Aredes Junior)
