Analise tática – Comissão técnica bugrina terá muito trabalho até o dérbi

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Com o resultado, o Guarani continua sem somar pontos fora de casa. O próximo compromisso será o dérbi e Umberto terá muito trabalho para corrigir os erros, principalmente no sistema defensivo.

O jogo começou com um amplo domínio do Guarani. Entrou com o esquema de 4-2-3-1 e o Atlético-GO não conseguia encaixar a marcação e, com grande mobilidade de Nazário, Rondinelly e Denner, o Bugre criou algumas boas oportunidades e não as converteu. No primeiro chute a gol do Dragão, num lance de bola parada na cobrança de escanteio, Anderson desviou mal a bola e João Paulo, aos 23, aproveitou e fez um a zero Atlético.

O Guarani acusou o golpe e levou um certo tempo para se encontrar e voltar a dominar o jogo. Mas no último lance do primeiro tempo, o Alviverde voltou a falhar e o time goianiense, com Fernandes, marcou o segundo gol, a defesa tentou fazer a linha burra e o jogador atleticano se infiltrou e, com um leve toque, desviou de Bruno Brígido.

Costumo dizer que no futebol não existe justiça, e sim competência. O time campineiro teve mais posse de bola, criou mais e não teve competência de transformar o domínio em gols. O Atlético foi competente e marcou dois gols em três oportunidades criadas.

No inicio do segundo tempo, nenhuma equipe realizou alterações. Aos doze minutos, Umberto troca Caíque por Anselmo Ramon, que fez a sua estreia, e Ricardinho, que já tinha amarelo, por Guilherme. No minuto seguinte, em nova falha do sistema defensivo, João Paulo fez o terceiro. A defesa tentou sair e Kevin, desatento, não acompanhou e deixou o atacante do Dragão em condições legais.

Após o susto, o Bugre marcou dois gols em três minutos também em falhas gritantes do Atlético. No primeiro de Nazário, aos 17 minutos, o goleiro Klever falhou bisonhamente em cruzamento de Lenon e, aos 20, o estreante Anselmo Ramon deixou sua marca numa falha da defesa.

A partir deste instante, o Guarani tentou buscar o gol no empate mais na base da vontade do que com jogadas trabalhadas Umberto, sacou Rondinelly, que caiu muito de produção na segunda etapa, e colocou Serafim. O jogo ficou corrido e deixou evidente que tanto Umberto como Claudio Tencatti terão muito trabalho para ajustar suas equipes. Quase no final da partida Philipe Maia fez uma falta, tomou o terceiro cartão e está fora do dérbi.

O sistema defensivo do Guarani, principalmente do seu lado esquerdo, precisa de muitas correções. Falhas de posicionamento de tempo de bola e cobertura são evidentes, falta também um jogador de velocidade pelas beiradas para o desafogo e também homem de conclusão – parece ser solucionado por Anselmo Ramon ou Bruno Mendes, caso ele permaneça.

Ainda é inicio de campeonato, mas não custa lembrar que, em 2017, o Guarani venceu apenas dois jogos fora de casa, empatou três e perdeu 14. Portanto, reforços pontuais se mostram necessários, pois na Série B não basta ter um time forte, e sim um elenco com quantidade e qualidade.

(análise feita por Carlos Grigolon – Especial para o Só Dérbi)