Nos últimos anos, a diretoria da Ponte Preta e o grupo político comandado por Sérgio Carnielli defenderam a necessidade de utilizar o programa de Sócio Torcedor não só para alavancar as finanças do clube como também para fidelizar um maior número de torcedores nas arquibancadas.
Levantamento publicado na tarde desta quarta-feira pela Pluri Consultoria nas redes sociais demonstra que os 21.290 torcedores cadastrados no programa corresponderam apenas a 8% do total arrecadado pelo clube nos últimos 10 anos. Em contrapartida, ao verificar apenas o saldo da bilheteria, o quadro é pior: 6% do total. Nos últimos 10 anos, o total arrecadado pela Macaca ficou em torno de R$ 350 milhões.
O patamar em relação ao sócio torcedor está distante dos campeões no quesito, os times de Grêmio e Internacional, cujo total arrecadado neste setor ficou equivalente a 24% e 21%, respectivamente.
O baixo rendimento monetário contrasta com o discurso reinante nos últimos anos na Ponte Preta. A ênfase sempre foi defender que o programa era prioritário e que a participação do torcedor seria fundamental para colocar as finanças em dia e viabilizar reforços.
Uma das tentativas de popularizar o plano aconteceu no ano passado, quando foi
fixado o preço de R$ 39,90 e anunciado como o “mais barato do Brasil”. “É o motivo que faltava para lotar o Majestoso. Antes, ele pagava R$ 40 por um ingresso para um jogo na arquibancada central e, agora, pelo mesmo valor ele se associa e tem direito a entrar em todos os jogos do mês. Isso sem contar os benefícios como sorteios, prêmios, vantagens, descontos em compras e muito mais”, explicou na ocasião Eric Silveira, responsável pelo programa. Os números da Pluri Consultoria demonstra que algo precisa ser feito.
(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)