Quis o destino que João Brigatti e Umberto Louzer fossem os treinadores de Ponte Preta e Guarani, respectivamente, no dérbi 192. Em comum entre eles, estão as carreiras como profissional dentro das quatro linhas e o fato de terem começado como auxiliar técnico até se tornarem o responsável máximo do time.
O comandante alvinegro, acostumado a apagar incêndios no Moisés Lucarelli, ainda é interino – pelo menos no papel -, mas na prática tem até mais crédito em relação a um efetivado. Auxiliar de Doriva no clássico do primeiro turno, o ex-goleiro afastou o time do perigo da zona de rebaixamento, engatou sequências de invencibilidade e está vivo na luta pelo retorno à divisão de elite.
“Acho que é um excelente treinador, tem tudo para dar certo no futebol, tem demonstrado competência e estamos lutando ponto a ponto na tabela”, elogiou o treinador pontepretano.
Louzer, por sua vez, está oficialmente no cargo desde janeiro, mas desembarcou no Brinco de Ouro da Princesa no começo de 2017 e trabalhou com cinco treinadores: Maurício Barbieri, Vadão, Marcelo Cabo, Lisca e Fernando Diniz. Apesar da pressão da diretoria e da inicial falta de prestígio, celebrou a volta à primeira divisão de São Paulo e colocou o Alviverde na luta pelo acesso – atual quinto colocado.
Mesmo com o desmanche da base campeã regional, o ex-volante tem demonstrado que, se precisar de um bom mecânico, pode contar com ele, depois de trocar pneus com o carro andando e manter o nível de competitividade do plantel na Série B do Campeonato Brasileiro
“O Brigatti tem feito um excelente trabalho, todas as vezes que ele teve oportunidade de dirigir a equipe fez bons jogos, conquistou vitórias, títulos, tem o grupo na mão. A Ponte Preta tem um grupo bom, joga com jogadores de extremos com velocidade. Jogo aéreo é importante e temos que explorar o que eles possam nos oferecer para sairmos com a vitória”, declarou o comandante bugrino.
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(texto e reportagem: Lucas Rossafa/arte: João Marcos Carneiro)