Giovanni Di Marzio é figura destacada dentro da política da Ponte Preta. Queira ou não. Oriundo da arquibancada e participante da gestão passada, nunca escondeu seu sonho de presidir o clube do coração. Interessante é perceber como ultimamente tem emitido sinais contraditórios em relação ao seu futuro político.
Após a reunião do dia 24 de setembro, entrei em contato com Giovanni. Como sempre solicito, me esclareceu sobre sua participação no Conselho Deliberativo e o que lhe levou a assinar o requerimento em que pede informações ao atual presidente José Armando Abdalla Junior.
Assegurou que não tem qualquer pretensão presidencial caso a crise política desemboque em um pedido de afastamento de Abdalla.
Registre-se: a declaração foi reforçada em mensagens por Whatsapp.
A política não é feita de palavras, mas também de gestos.
Este jornalista apurou que no encontro dos conselheiros do dia 24, Di Marzio nunca esteve afastado de Sérgio Carnielli. Posteriormente, no dia do seu aniversário, uma foto que correu as redes sociais mostrava o presidente de honra na cerimônia, com sorrisos ao lado de Giovanni.
Aqui não vai qualquer dúvida sobre a palavra de Giovanni. Se ele falou, está falado.
Mas qualquer pessoa minimamente informada sobre os bastidores da Ponte Preta sabe que em caso de saída de Abdalla, o atual vice-presidente Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, teria chances mínimas de assumir o cargo em virtude de seus afazeres profissionais. Hélio Kazuo, Giuliano Guerreiro e outros integrantes da diretoria executiva não demonstram qualquer vontade de assumir a missão.
Giovanni di Marzio foi o coordenador da chapa situacionista das últimas eleições. Foi atrás de cada uma das assinaturas para viabilizá-la legalmente. Não há qualquer sinal seu de deslealdade ou conflito com Carnielli, que é o patrono do grupo político. Impossivel ignorar que tem o perfil para ser ungido pelo patrono.
Giovanni pode até falar que não tem pretensões. É direito dele. Mas os cenários conduzem ao diagnóstico que ele é sim, mais presidenciável do que nunca. Em curto, médio ou longo prazo.
(análise feita por Elias Aredes Junior)